Cresce o número de empresas exportadoras em 2015
Resultados da Apex-Brasil em 2015 indicam que empresas apoiadas apresentam melhor desempenho em negócios internacionais. Para 2016 a agência expandirá frentes de trabalho e novos segmentos passam a integrar os projetos de promoção comercial
Apex-BrasilEm 2015, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) apoiou 12.212 empresas no processo de promoção das exportações e internacionalização de seus negócios. O número é 14,8% maior do que o registrado em 2014. Com o suporte da Agência, que inclui pesquisas de mercado e organização de ações de promoção comercial, as empresas – de 84 setores – exportaram US$ 55,1 bilhões, para 218 mercados. Os dados foram apresentados nesta quinta-feira (10/12), em São Paulo, em entrevista coletiva do presidente da Apex-Brasil, David Barioni Neto.
Além do aumento no número de empresas exportadoras, a Apex-Brasil também fechou o seu balanço do ano registrando um desempenho melhor que o das empresas exportadoras não apoiadas. Isso porque, enquanto as empresas apoiadas apresentaram redução acumulada nas vendas internacionais de 3,1%, aquelas que não integram os projetos da Agência tiveram 16% de queda. Entre janeiro e novembro a balança brasileira acumulada apresenta um saldo de US$ 13,4 bilhões, havendo uma queda tanto nas exportações quanto nas importações.
Para 2016, a Apex-Brasil trabalha com a inclusão de novos setores produtivos no seu portfólio de atuação: engenharia consultiva, biotecnologia e implementos rodoviários. A Agência também atuará em três novas frentes: liderança feminina, jovens universitários e tecnologia assistiva.
A proposta é capacitar seis mil empresas lideradas por mulheres para que iniciem vendas internacionais. No caso dos universitários, a ideia é prepara-los para que no futuro se tornem gestores que consideram o mercado internacional em todas as suas atividades. E no campo da tecnologia assistiva – setor de soluções para inclusão de pessoas com deficiência – o objetivo é apoiar empresas deste segmento para se insiram no comércio internacional. Este é um mercado que cresce em torno de 15% ao ano – há uma forte demanda especialmente nos Estados Unidos, Argentina, México, Colômbia, Coréia do Sul, Arábia Saudita e Emirados Árabes.
“O setor privado precisa olhar para as oportunidades que há no mundo. As empresas têm que colocar, definitivamente, as exportações em suas estratégias de crescimento”, afirmou Barioni.
Em destaque no próximo ano há o reforço das iniciativas de promoção de produtos brasileiros diretamente nos pontos de vendas estrangeiros, por meio de parcerias com grandes redes de varejo. A Kamei, uma das maiores importadoras e distribuidoras do Japão, é uma das parceiras em ações da Apex-Brasil e irá distribuir e promover produtos nacionais em 50 pontos de venda no país. Está prevista, também, uma nova parceria com o grupo Casino, da França, que já distribui produtos brasileiros em 156 lojas da rede na França. Outros projetos em andamento envolvem os grupos City Shop na China, Shoprite e Pick and Pay na África do Sul, e Roundy’s nos Estados Unidos.
Na frente de atração de investimentos, a Apex-Brasil apoiou diretamente cinco empresas multinacionais que anunciaram investimentos de R$ 518 milhões no país. A Agência também facilitou a realização de 30 operações internacionais de investimentos em participação, que resultaram em R$ 10,015 bilhões de aportes em empresas brasileiras. O trabalho de atração de investimentos estrangeiros foca, principalmente, em serviços financeiros, tecnologia ambiental, TICs, energia e transportes.
A Apex-Brasil é um serviço social autônomo, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e que atua para promover as exportações brasileiras e atrair investimentos produtivos para o Brasil. Em parceria com entidades setoriais, a Agência, em 2015, viabilizou a participação de empresas brasileiras em 886 eventos, em todos os continentes.