Cresce a qualificação da força de trabalho do País
Folha de S. Paulo - 19/12/2006
A força de trabalho das maiores metrópoles do país amplia seu nível de qualificação numa velocidade acelerada, e 31,2% da população ocupada em outubro deste ano possuía algum curso profissionalizante ou de especialização. Em outubro de 2002, o percentual era de 21,1%. No mesmo mês de 2005, estava em 27,1%. Os dados constam de levantamento do IBGE com base na Pesquisa Mensal de Emprego. Consideram todos os tipos de curso de qualificação profissional, desde os regulares, como os universitários, até os de línguas e os profissionalizantes. Ou seja, estão na estatística pessoas que tenham concluído desde um mestrado até aquelas que fizeram apenas um curso de telemarketing ou manicure. Nos outros contingentes do mercado de trabalho, também é expressivo o avanço da qualificação. Entre as pessoas desempregadas, o percentual dos que possuíam alguma qualificação saltou de 16,3% em outubro de 2002 para 33% no mesmo mês deste ano. Considerando todas as pessoas em idade para trabalhar (com mais de 10 anos, segundo a metodologia da pesquisa), o nível de qualificação cresceu de 15,1% para 23,1%. Talvez pelo fato de a taxa de desemprego ser em São Paulo mais alta do que a média, a região metropolitana surge como a líder nesse processo de aumento da qualificação da mão-de-obra. Em São Paulo, o percentual de pessoas empregadas que tinham algum curso de qualificação subiu de 15,6% em outubro de 2002 para 34,5% no mesmo mês de 2006. Em outubro de 2005, estava em 30,5%.