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CPM Braxis e Totvs levam suas operações para fora do país

Valor Econômico - 06/12/2007

Elas são hoje as duas maiores empresas brasileiras de software e serviços de informática. De um lado está a Totvs, que lidera a consolidação das companhias especializadas em sistemas de gestão empresarial no país, disputando o mercado com multinacionais como Oracle e SAP. Do outro está a CPM Braxis, que tem puxado o bloco das operações nacionais especializadas em terceirização de serviços de tecnologia - o chamado "offshore outsourcing" - um ritmo de expansão embalado por aproximadamente 300 contratações mensais, somando mais de 5 mil funcionários.  A força do mercado brasileiro, porém, que neste ano deverá movimentar US$ 20 bilhões em tecnologia da informação (TI), segundo a consultoria IDC, já não contenta as metas de expansão dessas empresas. Nas palavras de Jair Ribeiro, presidente e sócio da CPM Braxis, o destino é certo: "Seremos uma das dez maiores empresas de serviços de tecnologia do mundo. Mas para isso, temos que sair." Essa tentativa de ajustar o foco fora do país também mexe com os planos da Totvs, que no último trimestre criou a sua "diretoria de expansão internacional". Essa reformulação tem agora seu primeiro desdobramento. A companhia deve inaugurar em janeiro a Euro Totvs, que ficará baseada na cidade de Lisboa, em Portugal. Hoje a Totvs tem operações próprias na Argentina e no México, além de canais de distribuição no Chile, Paraguai, Porto Rico e Uruguai. Embora os contratos internacionais respondam por ínfimos 5% do faturamento total da companhia, a Totvs já consegue se destacar internacionalmente no mercado em que atua. Segundo estudo da empresa de pesquisas Gartner, atualmente a empresa ocupa o 14º lugar no ranking mundial das maiores empresas de sistemas de gestão. Se consideradas apenas as empresas com sede fora dos Estados Unidos, a Totvs sobe para a quarta posição. São posições também almejadas pela CPM Braxis na arena da terceirização de tecnologia, uma labuta que, segundo Rogério Brecha, sócio-diretor da companhia, poderá ter ajuda de aquisições em outros países. Na mira da companhia estão operações na Argentina, Chile e México. "Não queremos ser mais uma empresa concorrente das companhias indianas, isso é passado", diz.