29/01/19 12h16

Couromoda rende R$ 5,7 mi para as pequenas empresas

GCN

O resultado das pequenas empresas francanas durante a 46ª Couromoda - feira que é considerada um termômetro da indústria calçadista e responsável por boa parte dos negócios das fábricas no início do ano - ficou abaixo do esperado pelo Sindifranca (Sindicato da Indústria de Calçados de Franca).

Dados do Sindicato apontam que apenas 1,8 mil lojistas passaram pelo Espaço Moda Franca, que teve a participação de 20 pequenas empresas com apoio da Prefeitura de Franca, durante os quatro dias da feira. No total, foram gerados R$ 5,7 milhões em negócios, média de R$ 286,5 mil por empresa. São 61,9 mil pares negociados, uma média de 3 mil para cada empresa.

Quando comparado com os resultados do ano passado, o valor gerado com os negócios é 55% menor: naquela ocasião, o resultado foi de R$ 12,6 milhões entre as 27 empresas participantes. Já no caso dos pares comercializados a diferença é ainda maior - 62% - em 2018, foram 164 mil pares negociados, ou 6 mil em média para cada.

Enquanto no ano passado as empresas francanas tiveram contatos e vendas com 15 países diferentes, nessa edição apenas compradores da Bolívia, Chile, Costa Rica, Equador, Peru e Uruguai fecharam negócios com as pequenas empresas de Franca.

“Embora tivéssemos grandes expectativas de bons negócios para o início de 2019, na Couromoda, a realidade não se concretizou conforme esperávamos. Assim, as vendas deste ano foram mais baixas se comparadas com os resultados de 2018. Fato este que nos leva a uma série de questionamentos, com o objetivo de se identificar possíveis causas deste acontecimento”, disse o presidente do Sindifranca, José Carlos Brigagão do Couto.

Brigagão questiona o que motivou a queda no resultado de negócios realizados na feira

Ao contrário do que foi publicado inicialmente pelo Portal GCN, na quinta, 24, como os possíveis motivos apontados pelo Sindifranca como causadores do resultado alcançado neste ano, o Sindicato fez, em nota encaminhada para a imprensa, um questionamento sobre o resultado e potenciais influenciadores e não um apontamento.

A nota, assinada pelo presidente da entidade, José Carlos Brigagão do Couto, questiona: “Será que os casos que tiveram bom desempenho, assim o foram, em razão de acerto em modelagem? Em razão de seus preços? Ou em razão do preparo de sua equipe de vendas? Ou no trabalho de divulgação de sua marca na feira?

Será que a duração da feira não está extensa demais? Pois, tivemos os dois primeiros dias ótimos em vendas e os dois últimos bem fracos”. E segue: “Será que as crescentes vendas pela internet, os lançamentos constantes, o fácil acesso, as feiras regionais (em expansão e que viabilizam o acesso mais rápido, fácil e barato do lojista local) não contribuíram para tal desempenho? Os impactos do cenário econômico atual, custos com estadias, alimentação, traslado e deslocamento de equipe para os clientes, além da recessão, foram outros questionamentos feitos pelo Sindifranca.