09/12/10 11h29

Coteminas planeja nova rede de varejo

Valor Econômico

A Springs Global, grupo têxtil que controla a Coteminas e a rede varejista MMartan no segmento de cama, mesa e banho, quer avançar sua atuação até o consumidor final, dentro de uma estratégia de integrar cada vez mais a atividade industrial ao varejo. Ontem, o presidente da companhia, Josué Gomes da Silva, informou que o próximo passo nesse caminho é a criação de uma nova bandeira, a Casa Moysés, em 2011. Hoje, a Casa Moysés, é apenas um "cantinho" dentro da rede MMartan. O empresário, que falou durante conferência com analistas de mercado, não revelou montante de investimento para a operação. Segundo ele, trata-se de um projeto importante que tem potencial para abranger de 50 a 100 lojas. "A rede Casa Moysés será voltada para um público consumidor A1 e AA, com elevado poder de consumo", afirmou.

Gomes informou que a bandeira Casa Moysés vai concorrer com redes sofisticadas como Trousseau e Paola da Vinci. "Seu padrão será acima do de Le Lis Blanc, enquanto o da MMartan fica logo abaixo". Como vantagem, destacou, a nova rede trará três marcas que são comercializadas pela Springs Global nos Estados Unidos: uma delas é a Court of Versailles. O presidente da Springs destacou que a nova bandeira sai da sombra da MMartan, adquirida em maio do ano passado, num momento em que a rede-mãe também está em ampla expansão. Na época da aquisição, a MMartan tinha 71 lojas: no fim de setembro fechou com 121 e a previsão é encerrar o ano com 139. Para o próximo ano está prevista a abertura de mais 37 lojas.

Segundo Gomes, a MMartan fatura o correspondente a R$ 400 milhões (US$ 235,3 milhões). "É uma rede com margem operacional [lajida sobre receita líquida] de 18% a 19%, muito boa para o negócio têxtil". A criação da Casa Moysés, destacou, é apenas um primeiro passo para transformar a MMartan em uma grande cadeia de varejo. "Vamos buscar outras bandeiras, em outras categorias de consumidor. Temos marcas, design, produção e capital", afirmou Gomes. Segundo ele, a integração indústria e varejo traz rentabilidade maior, além de outras vantagens às companhias têxteis.