18/05/10 11h18

Cosan quer aumentar produção de etanol em 20% na safra 2010/11

DCI

A Cosan quer aumentar a produção de etanol em 20% para acompanhar a demanda do mercado brasileiro pelo combustível. Para isso, o maior grupo sucroalcooleiro do mundo vai destinar cerca de 25 milhões de toneladas da cana processada na safra 2010/11 à produção de etanol. Em 2009, o país consumiu 26 bilhões de litros do produto e, segundo projeções do setor, até 2020, vai consumir 66 bilhões de litros, um aumento de 153%. Pedro Mizutani, presidente de açúcar e álcool da Cosan, afirma que a companhia está preparada para acompanhar a demanda do mercado brasileiro e vai investir cada vez mais na produção do combustível.

O avanço de sua produção projetado pela companhia é mais acelerado que o ritmo de aumento previsto para a demanda. Segundo projeção da corretora SCA, a demanda em 2011 será de 32 bilhões de litros, volume que deverá ser pouco mais de 10% maior que o consumido neste ano. No entanto, não está nos planos da companhia deixar a produção do açúcar de lado. Por isso, em 2009, investiu aproximadamente R$ 90 milhões (US$ 45,7 milhões) para aumentar a produção do produto. Para a safra 2010/11, a companhia estima crescer entre 15% e 30% e produzir até 4,7 milhões de toneladas do produto.

Duas novas usinas foram recentemente inauguradas pela companhia para aumentar a capacidade de produção de cana. A Jataí, em Goiás, e a Caarapó, no Mato Grosso do Sul, somadas as outras 21 usinas vão processar, na safra 2010/2011, mais de 60 milhões de toneladas, aumento de 13%. Dona das marcas Esso, Açúcar União e Açúcar da Barra, no último ano, a Cosan reforçou sua presença no mercado de açúcar e álcool com novas aquisições e parcerias. Em 2009, o grupo assumiu o controle da Nova América e comprou a rede Petrosul. No começo deste ano, a empresa firmou aliança com a Shell, de US$ 12 bilhões, para potencializar a produção de etanol, açúcar e energia.

Em 2009, a Cosan investiu R$ 50 milhões (US$ 25,4 milhões) na compra de novos equipamentos a fim de mecanizar a colheita da cana-de-açúcar. Até 2014, ano que entra em vigor protocolo socioambiental do setor sucroalcooleiro que proíbe as queimadas nos canaviais, a companhia espera que 90% da colheita sejam feitas pelas máquinas.