11/09/09 10h39

Cosan muda foco e prioriza co-geração, postos e logística

DCI

A diversificação no portfólio da Cosan, liderada pela incorporação da Esso - hoje Cosan Combustíveis e Lubrificantes (CCL) -, irá mudar a composição da receita e a participação por produto. Os segmentos de açúcar e álcool deverão perder espaço nos próximos anos e a previsão é a de que até 2013, quando estiver finalizada a 1ª fase dos investimentos na área de combustíveis, energia e logística, a contribuição da venda de gasolina e diesel para a receita da companhia avance dos atuais 60% para uma participação que poderá chegar a 75%. Em relação ao Ebitda, a empresa também vê uma alteração significativa. A perspectiva é a de que a CCL, juntamente com os projetos de co-geração, representem dentro dos próximos quatro anos mais de 50% dos negócios da empresa. Hoje, juntos, esses segmentos respondem por 37% dos negócios da companhia enquanto açúcar e álcool equivalem a 60%.

"Nossa estratégia de crescimento com a CCL prevê um aumento de 10% no número de postos por ano. Junto com a Rumo (empresa de logística da Cosan) vão representar mais de 50% dos negócios quando essas empresas estiverem funcionando plenamente", afirmou Marcelo Martins, diretor financeiro e de relações com investidores da Cosan. O incremento de 10% irá resultar na cooptação de 150 postos por ano, o que será feito por meio da conversão de bandeiras brancas através de contratos de fornecimento de 4 a 5 anos.

A aquisição da CCL alterou ainda a composição dos mercados interno e externo na receita do Grupo, dobrando a participação do primeiro. No primeiro trimestre do ano-fiscal vigente 80% da receita da Cosan veio das vendas domésticas, enquanto que no mesmo período do ano passado, antes da incorporação, a participação do mercado brasileiro era de apenas 41%.

A incorporação da antiga Esso deverá provocar uma forte distorção nos resultados da Cosan este ano. Com a compra da CCL a previsão de crescimento da receita no ano fiscal, que começou no último mês de abril, é de 400%. Sem a participação da companhia a estimativa é de 90%.