17/05/11 10h44

Corinthia Hotels prepara-se para abrir suas portas no Brasil

DCI

Fasano, Emiliano, Unique e outros hotéis paulistanos de alto luxo em breve terão concorrência. Pouco conhecido no Brasil, o Corinthia Hotels resolveu erguer um estabelecimento por aqui. Rede nascida em Malta (pequena ilha-nação do Mar Mediterrâneo) há mais de 40 anos, ela se concentra no oferecimento de instalações e serviços sofisticados a seus hóspedes. No momento, os diretores da empresa fazem uma série de discretas visitas às metrópoles locais para escolherem qual delas receberá a unidade. Mas os executivos do Corinthia já dão como certo que a eleita será São Paulo.

O último hotel aberto pela empresa, em Londres, dá uma boa ideia de sua proposta. Inaugurado a um custo de 330 milhões de euros, o Corinthia Hotel London funciona em um edifício neoclássico construído em 1885 no centro da capital britânica e que pertencia à própria rainha Elizabeth II. Depois de adquiri-lo da soberana inglesa, o grupo reformou-o por completo ao longo de 4 anos e abriu suas portas em 28 de abril de 2011 (bem a tempo de aproveitar o movimento gerado pelo casamento do príncipe William com Kate Middleton, celebrado no dia seguinte).

Criado e até hoje controlado pela família Pisani, de Malta, o Corinthia Group surgiu em 1960, tem ações listadas na bolsa da ilha e pretende abrir seu capital também no Reino Unido. Além da bandeira Corinthia Hotels, a empresa gerencia unidades da rede americana Wyndham, que também é sócia da companhia. "Há 5 cidades onde queremos estar em breve: Nova York, Paris, Roma, Moscou e São Paulo. Destas, São Paulo é a que estamos mais perto de atingir", afirma Roderick Micallef, gerente-geral do Corinthia Hotel Lisboa. Hoje, além da unidade portuguesa, a rede tem hotéis em Budapeste, Praga, São Petersburgo, Trípoli, Cartum, a recém-aberta em Londres e em Malta. Micallef observa que o que a rede entende por luxo não se resume a instalações suntuosas. "Na verdade, acreditamos que existem três coisas relevantes para o sucesso de um hotel: serviços, serviços e, por fim, serviços", brinca. O Corinthia busca se diferenciar por dar aos hóspedes um tratamento intimista, quase familiar, diz ele.

As sondagens da equipe no Brasil incluem prospecção de terrenos onde seria possível erguer um hotel, mas no momento ainda não se bateu o martelo a respeito. Há também a chance de que algum edifício seja aproveitado, como na Inglaterra. "As diárias de nossa unidade em Lisboa oscilam de 130 até cerca de 300 euros; em Londres, entre 300 e 600 libras. Guardadas as proporções, no Brasil os valores serão parecidos", revela Micallef. "São Paulo é o centro econômico do País, uma sociedade incrivelmente dinâmica. Não podemos ficar fora daqui", completa Marcel Horande, gerente sênior de vendas do Corinthia Hotel London, que também se encontra no Brasil. Teresa de Châtillon, diretora de Relações Públicas da unidade de Lisboa (outra integrante da equipe que visita o País) finaliza: "Queremos trazer nosso conceito de hotelaria de alto luxo, que é bem específico. Seremos uma novidade no mercado brasileiro deste setor".