11/11/10 11h43

Copersucar prevê crescer 21% em 2011

Valor Econômico

Maior comercializadora de açúcar e etanol do país, a Copersucar prevê atingir marcas inéditas na próxima safra de cana, a 2011/12. A primeira é que o volume de açúcar e álcool movimentado deverá bater novo recorde. Espera-se que os produtos venham de usinas (associadas e não-associadas) que somam capacidade de moagem de 138 milhões de toneladas de cana, 21% superior a da safra atual, que já está na reta final. A outra marca virá com a primeira operação de transporte ferroviário de açúcar em larga escala. A estimativa é de movimentar 1 milhão de toneladas da commodity por esse modal.

O crescimento em 2011 considera uma relativa estabilidade entre as 39 usinas já associadas (pertencentes a 21 grupos), assim como das usinas das quais a Copersucar só origina produtos - ou seja, não sócias. "O aumento virá, sobretudo, da entrada de novas unidades associadas, que devem agregar em torno de 20 milhões de toneladas de capacidade de moagem de cana", diz Luís Roberto Pogetti, presidente do Conselho de Administração da Copersucar. A empresa vai ampliar de 7 milhões para 8 milhões de toneladas o volume negociado de açúcar em 2011/12 e de 4,3 bilhões para 5 bilhões de litros o de etanol.

No próximo ano, a empresa continuará tocando seu programa de investimentos em logística, que demandará em cinco anos, contando 2010, aportes de R$ 1,5 bilhão (US$ 882,4 milhões), inclui um alcoolduto. O primeiro projeto a sair do papel é o do terminal de transbordo ferroviário de açúcar de São José do Rio Preto (SP), que começou funcionar neste fim de safra, mas que atingirá na próxima temporada volumes de 1 milhão de toneladas da commodity nos trilhos da América Latina Logística (ALL), sua parceira nessa operação. "Em dois anos, a capacidade será ampliada para 2 milhões de toneladas", afirma Pogetti.

A ferrovia levará o produto até o porto de Santos, onde a Copersucar tem um terminal para 5,5 milhões de toneladas por safra, e que está sendo ampliado para atingir 7,5 milhões de toneladas. "O porto está acelerando obras de aumento da dragagem, o que vai dar condições para ampliarmos nossa capacidade", diz Pogetti. Ainda, a empresa prevê aplicar recursos na construção de estação de transbordo de açúcar e álcool no interior, além de ampliação da capacidade de tancagem de etanol em alguns municípios-chave.