28/10/09 12h32

Copa e Olimpíadas dão novo impulso ao setor de máquinas

DCI

Os fabricantes de máquinas para construção estão de olho no volume adicional de equipamentos que será demandado para as obras levantadas no País nos próximos anos, com a vinda da Copa do Mundo e das Olimpíadas ao Brasil. No entanto, não são apenas os já instalados no País. Com o crescimento da economia brasileira, pelo destaque obtido no desenrolar da crise, assim como as projeções positivas para os próximos anos por conta do alto índice de investimento que o País receberá, produtores de todo o mundo já estão tentando ganhar espaço no mercado brasileiro. Segundo o diretor comercial da Case, do Grupo Fiat, Roque Reis, a taxa cambial atual, com o real valorizado, tem ajudado a entrada de empresas estrangeiras, principalmente as chinesas e coreanas.

Mas mesmo com o fator do aumento do cenário competitivo para as companhias, o próximo ano está sendo visto com muito otimismo. Não só pelas projeções para os eventos esportivos, mas por conta do ano eleitoral. Em uma estimativa conservadora, a fabricante aguarda alta entre 15% e 20%. Hoje, a utilização da capacidade instalada está entre 80% e 90% e, segundo o executivo, é para "recuperar os pedidos", já que o primeiro semestre do ano foi um período de queima de estoques.

Após 2010, a expectativa é que as obras nas cidades-sede, se intensifiquem. Segundo um cálculo preliminar do diretor comercial da Case, a cada R$ 1 investido, estima-se que de R$ 0,15 a R$ 0,20 serão em equipamentos. No momento, a fabricante está reabrindo a sua planta em Sorocaba, interior de São Paulo. A princípio, a fabricação será de colheitadeiras, mas a companhia já estuda quais equipamentos da área de construção poderão também ser produzidos lá. A inauguração oficial será no fim do ano.

Já o presidente da Volvo Construction Equipment para a América Latina, Yoshio Kawakami, também destaca o Brasil como um mercado prioritário. O presidente da Volvo CE afirmou que a movimentação de mercado já existe, o que traz boas perspectivas para o setor. A maior expectativa no momento é sobre quais projetos serão lançados em 2010. O executivo afirmou que atualmente a utilização da capacidade de produção da companhia está entre 50% e 60%, principalmente pelo excesso de máquinas em estoque. "Agora começa a ter uma recuperação da produção", disse o presidente da Volvo CE. Por ano, os investimentos da companhia giram em torno de US$ 6 e US$ 6,6 milhões.