11/06/24 14h47

Consumo na região de Campinas crescerá 8,22% neste ano, aponta pesquisa

Ao todo, famílias da RMC deverão consumir R$ 161,59 bilhões em 2024; aumento real previsto, considerando elevação do PIB, será de 2,5%

Correio Popular

As famílias da Região Metropolitana de Campinas (RMC) deverão consumir R$ 161,59 bilhões em 2024, aumento de 8,22% em comparação aos R$ 149,27 bilhões de 2023, acompanhando o ritmo nacional de crescimento – abaixo do que foi registrado desde 2022. A pesquisa Índice de Potencial de Consumo (IPC) Maps 2024 mostrou que os gastos dos brasileiros deverão ter alta de 8,9%, chegando a R$ 7,3 trilhões, um aumento real de 2,5% diante dos R$ 6,7 trilhões do ano anterior, acompanhando a previsão atual de elevação do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,2%. Em 2023, o crescimento foi de 3,1%. Já em 2022, o aumento foi de 4,3%.

Apesar do ritmo mais lento neste ano, os dados da RMC e do país apontam para uma recuperação da economia pós-pandemia. “Até 2019, nossa economia crescia a passos bem lentos, na média de 1% ao ano. Em 2020, veio a covid-19 e derrubou brutalmente a economia mundial como um todo. Depois disso, o Brasil felizmente conseguiu se levantar e passou a apresentar índices maiores de crescimento”, afirmou Marcos Pazzini, sócio da IPC Marketing, que há 30 anos faz o cálculo de índices de potencial de consumo a partir de dados oficiais.

Apesar do ritmo mais lento neste ano, os dados da RMC e do país apontam para uma recuperação da economia pós-pandemia. “Até 2019, nossa economia crescia a passos bem lentos, na média de 1% ao ano. Em 2020, veio a covid-19 e derrubou brutalmente a economia mundial como um todo. Depois disso, o Brasil felizmente conseguiu se levantar e passou a apresentar índices maiores de crescimento”, afirmou Marcos Pazzini, sócio da IPC Marketing, que há 30 anos faz o cálculo de índices de potencial de consumo a partir de dados oficiais.

Com o resultado, a RMC manteve a 8ª posição de maior consumo no país e a 2ª no Estado de São Paulo. Maior cidade da região, Campinas tem uma participação de 37,4% no total da área metropolitana, com um consumo de R$ 60,43 bilhões neste ano, o que a coloca em 11º lugar no ranking dos 5.565 municípios brasileiros e em 2º no paulista. Ou seja, a cidade aparece à frente de 16 capitais, entre elas Florianópolis (SC), Vitória (ES), Belém (PA) e Campo Grande (MS).

Oportunidades

O aumento do dinheiro em circulação resulta em oportunidade de negócios, com aumento de 11,57% no número de empresas da Região Metropolitana, passando de 452.544, em 2023, para 504.887 este ano. O IPC Maps mostrou que 52.343 foram abertas nos últimos 12 meses, média de seis novas surgindo a cada hora. O resultado foi superior ao desempenho nacional, que teve elevação de 8,1%.

Segundo a pesquisa, todos os segmentos apresentaram crescimento na RMC, o maior no setor de serviços. Nessa área, o número saltou de 270.035 no passado para 308.721 em 2024, elevação de 14,35%. O cabeleireiro Eduardo Augusto da Silva ajudou a compor essa estatística. Após 34 anos trabalhando como motoboy, ele trocou de atividade diante da dificuldade de conseguir emprego com Carteira de Trabalho assinada. “Ninguém mais registra motoboy, é muito difícil”, explicou. Para garantir direitos básicos, como auxílio-doença e aposentadoria, e aumentar a renda, ele partiu para o negócio próprio como microempreendedor individual (MEI).

O segundo setor com maior crescimento no número de empresas foi o industrial, com alta de 10,38%, seguido por comércio (5,83%) e agribusiness (2,94%). No recorte do nicho comercial, chamou a atenção o segmento atacadista, com elevação de 6,91%, passando de 11.015 unidades para 11.787 na Região Metropolitana. Nos últimos seis meses, uma rede abriu duas filiais em Campinas, criando 649 novas vagas. Com essas lojas, a empresa passou a ter três unidades na cidade e 100 no Estado de São Paulo, se tornando a maior rede de atacarejo do país. As filiais eram hipermercados do grupo empresarial e foram convertidas em atacadistas.

“O processo de aquisição de pontos de vendas de hipermercados foi bastante importante para nós. Com esses novos espaços, chegamos a pontos extremamente bem localizados e conhecidos de Campinas, trazendo a experiência completa da rede”, afirma o diretor de Operação da empresa em São Paulo, José Novaes. No Estado, a rede emprega 26 mil funcionários. O atacarejo atende pequenos e médios comerciantes e consumidores em geral, seja na compra de itens unitários ou de grandes volumes.

 

Fonte: https://correio.rac.com.br/campinasermc/consumo-na-regi-o-crescera-8-22-neste-ano-aponta-pesquisa-1.1523667