Consumo de resina sobe 12% e setor irá investir US$ 4 bi
Valor Econômico - 08/11/2006
A indústria petroquímica comemora um crescimento de 11,9% no consumo de resinas termoplásticas entre janeiro e setembro de 2006. No mesmo período, o volume de vendas subiu 11,5%, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). Animadas com os resultados, e acreditando que a economia brasileira crescerá mais de 4% ao ano nos próximos anos, as maiores empresas nacionais do setor ratificam e ampliam seus programas de investimentos para até 2010 e que já superam US$ 4 bilhões. A capacidade instalada da indústria de resinas no Brasil é hoje de 5,92 milhões de toneladas, segundo dados da Abiquim. Para Roberto Garcia, presidente da Unipar, o pólo de São Paulo, em torno da PQU, é o que oferece a melhor estrutura para uma ampliação sem sobressaltos no prazo de três a quatro anos. Garcia entende que, com a crescente migração da indústria automobilística para outras regiões do país, o próprio ABC paulista está carente de um projeto desse porte. O executivo calcula que apenas a ampliação da PQU irá consumir cerca da metade dos investimentos projetados, devendo o restante vir com a produção de resinas e de produtos de terceira geração. Como o suprimento de matéria-prima (nafta, gás ou correntes de refinarias) é condição básica para que o projeto decole. Garcia disse que a Unipar vai intensificar as negociações com a Petrobras para fechar a equação até março de 2007. A Suzano fará ampliações em São Paulo e no Rio, aumentando sua produção de polipropileno de 600 mil para 900 mil toneladas. A Braskem, do grupo Odebrecht, já anunciou a intenção de investir US$ 3 bilhões, sozinha e em parcerias, para dobrar sua capacidade de produção de 2,3 milhões para 4,7 milhões de toneladas/ano. Está sendo construída uma unidade de 400 mil toneladas de polipropileno, em parceria com a Petrobras, em Paulínia, São Paulo, para 2008.