19/11/07 14h09

Consumo de máquinas cresce 29% no 3º tri

Valor Econômico - 19/11/2007

O desempenho do investimento no terceiro trimestre foi dos mais promissores. A produção e a importação de bens de capital e a construção civil tiveram crescimento expressivo, confirmando o processo de expansão firme da capacidade produtiva da economia brasileira. O grande destaque é sem dúvida o consumo aparente de máquinas e equipamentos. Calculado pela soma da produção e das importações de bens de capital e pela exclusão das exportações, de julho a setembro esse indicador cresceu 29,3% em relação ao mesmo período do ano passado, nas contas do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco. É uma aceleração forte em comparação aos já respeitáveis 19,5% do segundo trimestre e aos 12% do primeiro. No acumulado do ano, o crescimento é de 20,5%. Segundo analistas, juros em queda, crédito farto, câmbio valorizado e perspectiva de que a demanda siga forte explicam a alta forte neste ano da formação bruta de capital fixo (FBCF, que mede o investimento na construção civil e em máquinas e equipamentos). A maior contribuição para o consumo aparente de bens de capital vem das importações de máquinas. Impulsionadas pelo câmbio valorizado e pela forte demanda interna, elas aumentaram 32,9% nos 12 meses terminados em setembro - esse ritmo representa o dobro da alta da produção doméstica deste setor, que foi de 15,4% no período. A avalanche de importações, porém, não destruiu a produção nacional de bens de capital. De janeiro a setembro, a fabricação desses produtos cresceu 18% em relação ao mesmo período de 2006.