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Consumo de bens de capital sobe 17% até outubro, aponta Abimaq

Valor Econômico - 29/11/2007

O consumo de bens de capital cresceu 17,2% até outubro, na comparação com 2006, percentual superior ao aumento da produção doméstica, segundo estimativas divulgadas ontem pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). A conta representa a soma do que foi produzido e do que foi importado de máquinas e equipamentos menos o valor do que foi exportado e essa diferença saltou de R$ 49,7 bilhões (US$ 22,8 bilhões) para R$ 58,3 bilhões (US$ 33,5 bilhões) entre 2006 e 2007. O faturamento das indústrias de bens de capital, no acumulado de janeiro a outubro deste ano, é 10,5% maior do que o registrado durante o mesmo período de 2006, de acordo com o balanço divulgado ontem pela Abimaq. Nos dez primeiros meses de 2007, o setor faturou R$ 51,1 bilhões (US$ 29,4 bilhões). O percentual de crescimento alcançado pelas indústrias do setor é mais do que o dobro do aumento do Produto Interno Bruto brasileiro (PIB), soma das riquezas geradas no país durante o ano. No entanto, o ganho não satisfaz os empresários, que pedem desonerações e mudanças na política cambial do governo, além de incentivos a inovações tecnológicas e a criação de linhas de financiamento específicas para as empresas. Dados da Abimaq apontam que, enquanto as importações cresceram 37,1%, as exportações aumentaram 23,7%. Até outubro de 2007, o Brasil importou cerca de R$ 7,2 bilhões (US$ 4,14 bilhões) a mais do que exportou - R$ 24,6 bilhões (US$ 14,14 bilhões) contra R$ 17,4 bilhões (US$ 10 bilhões). O saldo da balança comercial é 85% maior que o de 2006. O segmento que mais aumentou o faturamento foi o de máquinas e equipamentos para madeira, com 46% de crescimento, seguido pelo de válvulas industriais, com 34,8%. O pior resultado foi o de artigos plásticos - aumento de 1,3%. Até o final de outubro, as indústrias de bens de capital geraram 226 mil empregos.