09/09/10 15h12

Consumo de alumínio cresce 35% até junho e projeta novo recorde

Valor Econômico – 09/09/10

O consumo de produtos transformados de alumínio, como chapas para embalagens, fios e cabos, perfis para construção civil e indústria e peças fundidas, cresceu 35% no primeiro semestre, comparado ao mesmo período de 2009, superando as expectativas de demanda projetadas pelo setor no início do ano. Conforme dados revelados ontem pela Associação Brasileira do Alumínio (Abal), o consumo doméstico de janeiro a junho totalizou 627 mil toneladas. Esse volume, comparado ao primeiro semestre de 2008, ainda sem os efeitos da crise global, aponta expansão de 17%.

Segundo a Abal, que representa produtores integrados, como CBA/Votorantim e Alcoa, e transformadores do metal, o volume recorde é resultado do aumento do consumo em toda a cadeia de produtos semimanufaturados de alumínio. No caso de chapas, alta de 28,5%, de extrudados, 45%; de fundidos, 44%; e folhas, com 32%. Juntos, esse mix representa mais de 80% do mercado brasileiro.

Mauro Moreno, coordenador da Comissão de Economia e Estatística da Abal, afirmou, em comunicado da Abal, que "o mercado registrou um aumento nos principais setores da economia". Na construção civil, 37,5%; em transportes, 43,4%; e em embalagens, que absorve a maior quantidade de metal no país, a expansão atingiu 26%.

Para a Abal, nesse ritmo, o consumo deve fechar o ano com novo recorde de consumo, de 1,29 milhão de toneladas, mais 28% sobre o ano passado. Antes, a entidade previa 1,22 milhão de toneladas, configurando alta de 21%.