Consultor abre escola para empreendedor
Valor EconômicoO consultor de empresas César Souza, dono da Empreenda e autor de sete livros sobre empreendedorismo que já venderam, juntos, mais de 500 mil cópias, lança em março uma escola para capacitação de pequenos empresários, o Espaço do Empreendedor.
O investimento no novo projeto até agora foi de R$ 3 milhões, mas o valor pode chegar a R$ 20 milhões com a expansão da rede, prevista para virar franquia e tomar ritmo a partir de 2019, quando ele planeja ter 50 escolas abertas em todo o país.
As franquias vão custar entre R$ 250 mil e R$ 300 mil e o retorno do investimento é estimado em 18 meses, segundo ele.
O Espaço do Empreendedor, segundo Souza, será uma espécie de "loja de conveniência" na qual o aluno-empresário ou aspirante a dono do seu próprio negócio poderá encontrar diversos serviços, como contadores e corretores imobiliários. No começo, contudo, será focado em cursos e capacitação.
O carro-chefe é um programa de 3 dias, com 8 horas-aula por dia, chamado de "As sete disciplinas do empreendedor". O conteúdo, desenvolvido pelo consultor ao longo de oito anos em que deu treinamentos e palestras para fornecedores de grandes empresas, está dividido nas áreas de gestão de clientes, de pessoas, de resultados, de parceiros e de processos e sistemas.
Ao final, o aluno está pronto, segundo Souza, para definir o que chamou de "plano de negócio com alma", uma frase que ele registrou como marca no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi).
"Em geral, a empresa quer começar seu planejamento pelo orçamento, que deve, na verdade, ser o último ponto." Primeiro, ele diz, devem ser definidos os propósitos do negócio, as prioridades, as competências.
O curso custa R$ 660, mas está sendo vendido no lançamento por R$ 480. O modelo de negócio utilizado pelo consultor é curioso: ele faz parcerias com grandes empresas ou associações que contem com uma rede grande de clientes e fornecedores, como a Comgás e Embraer. Instituto de Longevidade Mongeral Aegon e o Conselho Regional de Administração (CRA), presente em vários Estados, estão negociando apoio aos cursos no momento.
A experiência como consultor de grandes empresas como Usiminas, Nestlé, Accor e Monsanto e, muitas vezes, com os seus fornecedores, o leva a dizer que falta diálogo entre os gestores e que o maior problema dos pequenos empresários brasileiros é a falta de disciplina.
"Sua maior dificuldade é também sua maior força: a intuição. O problema é quando ele acha que só isso basta. É preciso se capacitar e ter disciplina, aprender sistemas e processos para poder fazer a empresa crescer", afirma Souza.