04/12/08 10h46

Construção prevê crescer 4,7% com a crise

DCI - 04/12/2008

Para amenizar o impacto negativo da crise financeira global, as empresas do setor de construção civil começam a adotar estratégias como vender o estoque para repor caixa e produzir de acordo com a demanda, prevendo crescer 4,7% ano que vem, metade do previsto no início deste ano. Apesar da série de medidas anunciadas pelo Governo Federal para frear a redução do crédito, o Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil deve crescer 4,7% em 2009, conforme estimativa do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) divulgada ontem. Isto é uma revisão da projeção para baixo, pois, em dezembro do ano passado, o Sindicato havia estimado expansão de 10,2% para 2008 e 9% para 2009. O cenário para 4,7%, embora não seja considerado ruim, baseia-se no fato de o setor trabalhar com ciclos longos, que podem atingir até 24 meses, e aponta de que obras iniciadas antes da crise financeira global não devem ser suspensas. Também leva em consideração a existência de diversas fontes de recursos (FGTS, Poupança, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e investimento externo direto) e um crescimento de 3,5% do PIB brasileiro. Já a parcela da construção civil no total da formação bruta de capital, atualmente em 40%, deve chegar 42% no ano que vem. A previsão do setor é encerrar 2008 com crescimento de 10%, atingindo R$ 113,6 bilhões (US$ 49.4 bilhões). Isso representa crescimento acumulado de 34% desde 2004. No ano passado, o percentual foi de 7,8%. Os investimentos em máquinas e na construção, medidos pela taxa de formação bruta de capital, cresceram 10%. A taxa chegou a 18%. A expectativa é que o PIB nacional atinja cerca de R$ 2,8 trilhões (US$ 1.22 trilhão).