Consolidação chega ao distribuidor

Gazeta Mercantil - 15/06/2007

Tudo indica que o segmento de distribuição de aço - que hoje responde por mais de 45% do volume total comercializado no mercado interno - está iniciando um processo de consolidação, aguardado e comentado por agentes que atuam neste segmento há pelo menos dois anos. A avaliação foi feita por representantes do setor siderúrgico e analistas ouvidos por este jornal. Um primeiro lance foi dado no mês passado com a aquisição da empresa gaúcha Zamprogna, líder do segmento de distribuição em chapas de aço no País, que foi adquirida pela administradora de investimentos NSG Capital Administração de Recursos. O próprio fundo, disse uma fonte do setor, pode se tornar consolidador, adquirindo outras distribuidoras independentes e se tornando uma versão nacional (ainda que bastante menor) da norte-americana Ryerson - uma das consolidadoras do setor na América do Norte e que hoje possui ações negociadas na Bolsa de Valores de Nova York e receita anual de US$ 5,9 bilhões. De acordo com o novo diretor-presidente da Zamprogna e presidente do conselho de administração, Luiz Eduardo de Abreu, a idéia inicial da NSG é fortelecer a própria Zamprogna, com investimentos em áreas em que há gargalos, como máquinas para customizar alguns tipos de produtos e serviços terceirizados para seus clientes. A NSG Capital possui um fundo de investimento focado no setor metalúrgico, a NSG Brazil Metal, com recursos da ordem dos R$ 300 milhões (US$ 155,56 milhões) que, por hora o fundo declara que serão empregados na expansão da Zamprogna e também no fortalecimento do capital de giro da empresa. A companhia, sediada em Porto Alegre, possui unidades de produção em Guarulhos e em Campo Limpo Paulista (SP) e uma subsidiária de distribuição em Santa Catarina. A produção da empresa é de cerca de 250 mil toneladas anuais e no ano passado o faturamento foi de R$ 750 milhões (US$ 344,5 milhões).