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Compras e marketing dobram lucro da Ediouro

Valor Econômico - 04/04/2008

No fim do ano passado, o mercado editorial nem se surpreendia mais quando o grupo Ediouro anunciava alguma aquisição ou parceria comercial com editoras de menor porte, tamanha a voracidade da empresa carioca em crescer no mercado de livros. A estratégia de ganhar volume para se lançar na Bolsa de Valores nos próximos anos tem demonstrado resultados expressivos, segundo Luiz Fernando Pedroso, diretor superintendente da Ediouro. A empresa faturou, no ano passado, R$ 223,6 milhões (US$ 115,9 milhões), um aumento de 18,7% em relação a 2006. O lucro líquido mais do que dobrou, de R$ 8,9 milhões (US$ 4,1 milhões) para R$ 19,7 milhões (US$ 10,2 milhões) e o Ebitda cresceu 52%, para R$ 31,9 milhões (US$ 16,5 milhões) em 2007. O crescimento da companhia é ainda maior quando comparado a anos anteriores. Desde 2002, a Ediouro aumentou 2,5 vezes de tamanho. Após ampliar os canais de venda, adquirir novos selos - Nova Fronteira, VOolume, Nova Aguilar -, fechar a joint venture com a Thomas Nelson e aumentar a verba de marketing para algo em torno de R$ 4 milhões (US$ 2,1 milhões) no ano passado, o grupo prepara-se para entrar em novas áreas este ano. Pedroso afirma que, por enquanto, não está negociando nenhuma a compra de nenhuma empresa. Porém, não esconde sua intenção de ampliar o leque de publicações. Segundo ele, a idéia inicial é de entrar nesses mercados através de aquisições. O áudio-livro também receberá atenção especial da editora. A Ediouro comprou a editora VOolume no final de 2007 e "repaginou" o selo, que se chamará Plugme. Em maio, as obras faladas chegam às livrarias e à internet, através de downloads. Outra área em que a Ediouro voltará a atuar a partir de junho será o livro de bolso, com títulos entre R$ 7 (US$ 4) e R$ 19 (US$ 10,9) - um segmento que tem sido bastante explorado pelo mercado há alguns anos.