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Companhias investem na expansão das lojas-conceito

Valor Econômico - 06/04/2009

Elas tentam atrair a atenção do consumidor de todas as maneiras possíveis. Algumas apelam para o atrativo visual, com design moderno, cores fortes e show de luzes. Outras oferecem laboratórios onde o usuário pode aprender a usar câmeras fotográficas ou assistir a palestras sobre novas tecnologias. Todas se esforçam em proporcionar atendentes capazes de explicar com detalhes como funciona um determinado equipamento ou software. Elas são as lojas-conceito - um tipo de espaço no qual várias companhias têm apostado para atrair o público. Os objetivos variam de empresa para empresa. Algumas abrem espaços próprios, mas não vendem nada neles. A meta é só demonstrar o uso dos produtos e fortalecer a marca. Para outras, a loja-conceito ultrapassa sua concepção original e é usada como ponto de venda exclusivo. A Vivo planeja inaugurar uma nova loja no shopping Vila Olímpia, em São Paulo, cuja previsão é ser inaugurado no fim do ano. A TIM segue a mesma tendência de expansão. A empresa identificou um aumento de 30% nas vendas mensais de suas três lojas-conceito inauguradas no fim de 2008 - em São Paulo, no Rio e em Minas Gerais -, com incremento no volume de linhas pós-pagas. A Claro embarcou no modelo em novembro, quando inaugurou sua primeira loja-conceito em São Paulo. Não são apenas as operadoras de telefonia que aderiram ao modelo. A Nokia, fabricante finlandesa de aparelhos celulares, acaba de abrir uma loja da marca na rua Oscar Freire, um dos centros de compra mais sofisticados de São Paulo. A loja-conceito da Samsung, fabricante coreana de aparelhos eletrônicos, foi inaugurada há pouco mais de três anos e está perto de completar um milhão de visitantes.

A Hewlett-Packard (HP) resolveu investir em dois formatos de lojas. O primeiro é o da chamada HP Store. A companhia fecha acordo com um varejista, que passa a vender exclusivamente produtos da empresa. A exceção são itens não fabricados pela HP. O outro formato é conhecido como store-in-store (loja dentro da loja), um espaço exclusivo, que segue padrões pré-estabelecidos, mas localizado no interior de outra loja.