20/07/21 12h02

Comitê destaca avanços em ações para racionalização e modernização do comércio exterior do País

Comex do Brasil

O Brasil está avançando no processo de racionalização e modernização dos procedimentos relacionados às operações de comércio exterior, conforme avaliação do Comitê Nacional de Facilitação do Comércio (Confac), órgão colegiado ligado à Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério da Economia. Em sua terceira reunião, na última quarta-feira (14), o Comitê discutiu em videoconferência a evolução das iniciativas e atividades previstas no Plano de Trabalho para o biênio 2021-2022. 

Um dos destaques foi a implementação dos compromissos assumidos pelo Brasil no Acordo sobre a Facilitação do Comércio (AFC) da Organização Mundial do Comércio (OMC). Nesse sentido, o Confac analisou o trabalho de centralização das informações de comércio exterior brasileiro no Portal Siscomex, salientando a necessidade de atualização permanente da ferramenta, a fim de aumentar a transparência e propiciar o acesso adequado às informações por parte dos operadores. 

O Comitê abordou também as medidas relacionadas à reforma dos procedimentos administrativos de importação e exportação. E ressaltou o plano de ação envolvendo órgãos anuentes do comércio exterior para reduzir ou tornar mais eficiente e menos burocrática a atuação governamental nessas operações. 

Esse plano abrange medidas como a implementação integral, até o fim de 2022, do Novo Processo de Importação (NPI) do Portal Único de Comércio Exterior, e a necessidade de integração, compreensão e utilização das novas ferramentas pelos órgãos anuentes – o que pode levar à revisão das taxas incidentes nas operações de importação. 

A reformulação dos procedimentos administrativos de comércio exterior também passa por um trabalho de mapeamento das exigências de licenciamento e das restrições quantitativas vigentes no País. Esse trabalho, com a participação direta dos principais órgãos anuentes, está sendo coordenado pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia com o apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE). 

Operador Econômico Autorizado 

A pauta do Confac incluiu a expansão do Programa Operador Econômico Autorizado (OEA) por meio do OEA-Integrado, administrado pela Receita Federal do Brasil (RFB). Esse programa permitirá a certificação de intervenientes da cadeia logística que representem baixo grau de risco em suas operações de comércio exterior, a partir da avaliação de órgãos ou entidades da administração pública que participem do programa. 

A RFB, com a participação do Banco Mundial, busca a inclusão da Anvisa e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) ao programa, enquanto a Secex está na fase final da elaboração das normas para a adesão. 

O módulo OEA-Integrado dará benefícios específicos aos operadores que tenham Certificação OEA-Conformidade (OEA-C) pela RFB, como redução das informações prestadas para a solicitação de ato concessório de drawback, dispensa da apresentação de laudos na concessão desse regime, priorização na análise das solicitações e designação de ponto de contato na Secex. 

Alfândegas e fronteiras 

O Confac discutiu, ainda, a implementação das recomendações do Time Release Study (TRS), avaliando a necessidade de adequação de horários de parametrização das unidades da RFB. Outro tópico foi o fortalecimento da comunidade de comércio internacional por meio das Comissões Locais de Facilitação do Comércio (Colfac), com a proposta de ampliação das comissões de 15 para 29, implantando unidades em todas as alfândegas da RFB. 

Por fim, foi abordada a gestão coordenada de fronteiras visando à maior eficiência na gestão de fluxos de comércio e viagens, além do projeto de avaliação das Áreas de Controle Integrado (ACI), no âmbito do Mercosul. 

fonte: https://www.comexdobrasil.com/comite-destaca-avancos-em-acoes-para-racionalizacao-e-modernizacao-do-comercio-exterior-do-pais/