20/08/09 14h15

Comércio eletrônico é a aposta das redes de varejo

DCI

A disputa das redes de varejo no comércio eletrônico, que deve movimentar R$ 10,5 bilhões (US$ 5,5 bilhões) em 2009, ficará ainda mais acirrada no final do ano. Os maiores players com operações virtuais já estabelecidas já começam a se preparar para o período, com reforço de equipes, aprimoramento da logística de entrega e diversificação de produtos. O Walmart é um deles e, com uma operação de e-commerce recente, tem estratégia agressiva para aumentar sua fatia nesse mercado.

A entrada de novos players, como Casas Bahia, e os investimentos na expansão das operações de empresas como Extra.com, do Grupo Pão de Açúcar, que agora detém também o PontoFrio.com, já está ameaçando a hegemonia da B2W, resultado da fusão entre Submarino e Americanas.com. A empresa chegou a ter 50% do mercado e, hoje, detém 36%, de acordo com a e-bit, empresa especializada em comércio eletrônico. A participação das dez maiores redes também sofreu uma leve redução de 2,2% neste semestre, uma tendência de descentralização das lojas virtuais.

De acordo com Flávio Dias, diretor de e-commerce do Walmart, apesar de não revelar valores, a rede está com fortes investimentos e preocupada em se antecipar, tanto que em agosto já está se preparando para o Natal. Este ano o Walmart ainda deve disputar as vendas de Natal com um portfólio maior de produtos e concorrendo com todos os players, já que deve passar a vender móveis e livros, por exemplo. A rede optou pela estratégia de aos poucos oferecer mais categorias de produtos, o que ainda trará maior base de clientes. Hoje, vendem 15 categorias e, até o final de 2009, mais duas -a de livros, CDs e DVDs e a de ferramentas- devem ser oferecidas, o que fará com que o número de itens do site salte de 30 mil para 100 mil.

O Extra.com (não-alimentos) e o Pão de Açúcar Delivery (alimentos), braços do Grupo Pão de Açúcar no e-commerce, também vêm registrando altíssimo crescimento e prometem continuar com boa participação. O período de compras para o Natal deve ser o ponto alto da disputa firme entre as tradicionais redes de varejo por uma fatia dos R$ 10,5 bilhões (US$ 5,5 bilhões) que o e-commerce movimentará em 2009.