Comércio de Mogi prevê abrir 800 vagas temporárias a partir de outubro
Anúncios de admissões em lojas de redes e shoppings começam a movimentar o setor que faz previsões contidas sobre as vendas de final de ano
Diário de MogiEntre setembro e outubro, tradicionalmente, eram inciadas as contratações para o final de ano no comércio. O ritmo desse reforço nos quadros profissionais, no entanto, vinha caindo antes da pandemia - em 2019, por exemplo, os dados do Caged (Cadastro Geral do Emprego e do Desemprego) apontavam uma sentida redução no balanço do ano, com um resultado negativo de 0,63%.. Em 2020, marco inicial da pandemia, no pico de maior demissão, o segmento perdeu, entre maio e abril, 4.372 postos.
Esse terrível cenário, ainda timidamente, mas já notado, começa a ser recuperado, com a apresentação de ofertas de trabalho em lojas e shoppings. A ampliação do horário de funcionário, em cumprimento ao Plano São Paulo, forçou a reabertura de vagas, em particular, nos médios e grandes empregadores do segmento.
O Diário tem acompanhado as vagas semanais em centros de compra, como o Mogi Shopping, e registra leve alta de procura por profissionais para diversos cargos (veja reportagem).
De olho nas contas de admissão e demissões, na temperatura das vendas e no avanço da vacinação nas próximas semanas, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista, Valterli Martinez, estima que a partir de outubro, o mercado temporário poderá abrir cerca de 800 vagas. Para se comparar, em 2019, a estimativa era criar 1,2 mil oportunidades de emprego. No ano anterior, 1,5 mil.
Mesmo com uma pequena reação, o setor, comenta Valterli Martinez, ainda levará alguns anos para se equiparar ao passado, especialmente quando se observa que, entre abril e maio de 2020, foram perdidas milhares de vagas (ele estima cerca de 5 mil, considerando, os pequenos negócios que não resistiram à recessão econômica e fecharam).
O representante do comércio na região, nota avanço na movimentação de compras, mas em ritmo lento. A retomada, sintetiza, "está crescente mais ainda bem tímida, pela quantidade de vagas que foram fechadas na pandemia, acreditamos que as contratações serão ampliadas no inicio de outubro se o Estado seguir sem restrições de funcionamento e muito menos uma nova onda de contaminação pelo coronavírus".
Apesar de manter os pés no chão, ele espera que, "com o avanço da vacinação", será "muito difícil termos um retrocesso".
Sobre as vendas no restante deste ano,Martinez afirma que o Dia das Crianças costuma "vender melhor". Já as compras para as festas de final de ano e o Natal, ele prevê um aumento entre apenas 5 a 10%. "Há de se considerar que rendas, como a metade do 13º dos aposentados, foram antecipadas, o que impacta no consumo das famílias"
Apesar da análise controlada, o presidente do Sindicato lembra que "pior do que o Natal do ano passado, não será", em função da vacinação e do equilíbrio dos casos e mortes pela doença.. "Ou seja, tudo o que vender nesse Natal será melhor do que o último"