29/12/09 10h00

Comércio comemora alta de 6,8% nas vendas de Natal

DCI

Estudo divulgado pelo Serasa Experian mostra que as vendas do último fim de semana antes do Natal -de 18 a 20 de dezembro- cresceram 6,8% na comparação com as do mesmo período do ano passado, o que confirma o otimismo dos varejistas para a data. De acordo com a pesquisa divulgada ontem, as vendas na capital paulista tiveram crescimento de 4%, tendo como base a comparação com o mesmo período do ano passado.

Na semana de 18 a 24 de dezembro de 2009, em relação ao mesmo período de 2008, a pesquisa aponta que as vendas evoluíram 4,1% no País. Em São Paulo as vendas tiveram crescimento de 3,5%. Na semana do Natal de 2008, as vendas nacionais evoluíram 2,8% e, em São Paulo, 1,1%. "As promoções do varejo aliadas às melhores condições do crédito (taxas de juros menores e prazos mais longos) conquistaram o consumidor, que está menos inadimplente, tem aumento de renda e conta com expansão do emprego, principalmente o formal, com carteira de trabalho assinada", afirmou a Serasa.

Dados da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) apontam para crescimento nas consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) cresceram 5% entre os dias 1 e 25 de dezembro, em relação ao mesmo período do ano passado. O indicador mostra que as vendas a crédito retomaram o crescimento, desde novembro deste ano. Já o SCPC/Cheque, que mede as vendas à vista, cresceu 7,1% na mesma base de comparação.

Diante da perspectiva de alta de cerca de 5% do Produto Interno Bruto (PIB), e da alta confiança do consumidor originada pelo aumento do crédito e pela desvalorização do dólar frente ao real, o varejo deverá ampliar a participação dos produtos importados nas lojas em 2010. Segundo o economista da Tendências Consultoria Alexandre Andrade, as importações em 2010 serão puxadas pela expansão do crédito, pela manutenção do atual patamar de juros - que incentiva as vendas a prazo - e pelo incremento projetado de 6,4% da massa salarial sobre este ano.  A projeção da consultoria é de que o volume das vendas do varejo restrito, que exclui da contabilização, a comercialização automóveis e material de construção, cresça 5,6% este ano, frente a uma projeção de 7% em 2010.