08/12/21 13h49

Comércio com a China supera US$ 125 bilhões até novembro e país responde por 70% do superávit comercial brasileiro

Comex do Brasil

O intercâmbio comercial Brasil-China fechou os onze primeiros meses de 2021 com uma série de resultados recordes e históricos: corrente de comércio (exportação+importação) no total de US$ 125,099 bilhões; US$ 82,236 bilhões em exportações brasileiras; US$ 42,862 bilhões em importações de bens fabricados na China e superávit de US$ 39,373 bilhões em favor do Brasil. 

No período, a China foi responsável por aproximadamente 70% do superávit  de US$ 57 bilhões acumulado pelo Brasil. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia e dão uma dimensão da importância da China como principal parceiro comercial do Brasil. 

Desde 2009, quando a China superou pela primeira vez os Estados Unidos como maior parceiro do Brasil no comércio exterior, as trocas entre os dois países seguem trajetória fortemente ascendente. Ano passado, pela primeira vez na série histórica, a corrente de comércio bilateral superou a marca emblemática de US$ 100 bilhões, com exatos US$ 102,567 bilhões transacionados pelos dois países. As exportações brasileiras totalizaram US$ 67,778 bilhões, as vendas chinesas somaram US$ 34,778 bilhões e a balança foi superavitária para o Brasil em US$ 33,010 bilhões. 

Com o avanço do combate à pandemia de Covid-19 e a retomada da economia chinesa em ritmo mais forte que o da economia mundial e da brasileira em particular, o comércio sino-brasileiro apresentou números ainda mais expressivos nos onze meses de 2021. 

No período, as exportações brasileiras cresceram 30,2% para US$ 82,236 bilhões, correspondentes a 32,1% de todo o volume importado pelas empresas brasileiras. Com um aumento ainda mais expressivo de 36,2%, as vendas chinesas saltaram para US$ 42,863 bilhões, respondendo por 21,5% das importações totais brasileiras no período. 

A destoar desses números positivos, ressalta-se o fato de que as exportações brasileiras para a China seguem cada vez mais concentradas nos produtos básicos, de menor valor agregado. Até o mês de novembro, apenas três dessas commodities -minério de ferro, soja e petróleo- responderam por 81% de todo o volume embarcado para o país asiático. 

As exportações do minério de soja, que voltaram a suplantar a soja como carro-chefe das vendas aos chineses- geraram US$ 23,1 bilhões em receita (alta de 65,5% em relação ao mesmo período de 2020 e participação de 33% nas vendas totais), enquanto as exportações de soja somaram US$ 26,2 bilhões (aumento de 25,3% e participação de 32%) e os embarques de petróleo, que tiveram uma variação de 18,8% somaram US$ 12,8%, correspondentes a 16% do total exportado para os chineses.

fonte: https://www.comexdobrasil.com/comercio-com-a-china-supera-us-125-bilhoes-ate-novembro-e-pais-responde-por-70-do-superavit-comercial-brasileiro/