Com terreno doado, obras de Parque Tecnológico começam
Jornal de JundiaíCom terreno e projeto definidos, as obras do Parque Tecnológico de Jundiaí começam nas próximas semanas. A previsão é que em novembro de 2016 o pólo esteja concluído e operante, já capaz de abrigar 100 empresas que queiram desenvolver inovação tecnológica no município. Para isso, a prefeitura de Jundiaí conta com a verba inicial de R$ 18 milhões cedidos pelo governo estadual.
O projeto foi detalhado durante a segunda reunião do Conselho da Cidade (Concidade), realizada quinta-feira pela manhã, no Paço Municipal. “Esse parque representa a integração do poder público, a academia - escolas, escolas técnicas e faculdades - e o empreendedor. Será uma forma de promover desenvolvimento e integrar a sociedade. As faculdades poderão utilizar o espaço para abrigar estágios e projetos de pesquisa”, explicou o diretor de Ciência e Tecnologia da prefeitura, José Dimas Gonçalves.
O terreno de 215 mil m² foi doado pela Fundação Antonio Antonieta Cintra Gordinho e fica no Distrito Industrial, próximo ao FazGran. O local também irá abrigar a incubadora industrial.
A intenção é que o espaço seja utilizado para a criação de inovações tecnológicas. “As empresas participarão de um processo licitatório para a concessão do uso do espaço. Para quem montar laboratório serão 30 anos de trabalho, já para os participantes da incubadora serão até 36 meses.”
O Parque Tecnológico não só deve atrair mais potenciais empresas para o município, como também modificar o perfil de produto desenvolvido aqui. “Nós passaremos a desenvolver um produto de mais valor agregado”, declarou o diretor-titular da regional de Jundiaí do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e vice-presidente do Concidade, Mauritius Reisky.
Mauritius citou o modelo norte-americano e asiático - em que grandes empresas de valor agregado não necessariamente contam com grande espaço físico - para explicar que Jundiaí tem capacidade para receber muitas empresas, mesmo que já não existam tantos espaços físicos disponíveis. “Na Califórnia desenvolve-se tecnologia para a Apple, mas a fábrica é na China, por exemplo. Na Ásia estive em uma grande indústria cujo endereço ocupava apenas um andar de um prédio.”
Segundo ele, já existem empresas locais atuando dessa forma. “A Rocca de cerâmicas, a Mali de metal mecânica e até a BRF são empresas que investiram por opção própria em grandes laboratórios. Com o pólo outras empresas que querem desenvolver inovações poderão vir para Jundiaí.”
Concidade
Para o prefeito Pedro Bigardi (PCdoB), a reunião do Concidade foi produtiva porque diversos segmentos puderam se manifestar. “Havia igreja, comércio, indústria, faculdade e sociedade presente. Foi rico poder ouvir os argumentos de todos a respeito do pólo tecnológico.” A próxima reunião será no dia 28 de agosto e terá como tema mobilidade urbana.