Com resultado recorde no trimestre, Vale acumula lucro de US$ 6 bilhões

Valor Econômico - 01/08/2007

O resultado da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) no segundo trimestre do ano foi recorde, impactado pelos ganhos na venda de ações da Usiminas da ordem de US$ 457 milhões, mais US$ 217 milhões captados na oferta de papéis da Log-In Logística na Bovespa, além do volume de vendas de minério de ferro e pelotas de 73,4 milhões de toneladas, o maior já realizado num trimestre pela Vale. Estes fatores impactaram favoravelmente o lucro da líquido consolidado da companhia, no período, que com base nos cálculos em US Gaap baseado na contabilidade americana, foi de US$ 4,09 bilhões, equivalente a um lucro por ação de US$ 1,66. O lucro do primeiro trimestre foi de US$ 2,21 bilhões. No semestre, a Vale registrou um ganho de US$ 6,31 bilhões. Segundo os números divulgados pela Vale, seu Lajida ajustado (fluxo de caixa descontado) ultrapassou pela primeira vez a marca dos US$ 5 bilhões, atingindo US$ 5,05 bilhões, avançando 58,8% ante o recorde anterior, de US$ 3,18 bilhões no primeiro trimestre. Se for desconsiderado o efeito não-caixa de ajuste de estoques no valor de US$ 78 milhões, o Lajida ajustado da Vale no período alcançou US$ 5,13 bilhões. De janeiro a junho, este quesito somou US$ 8,2 bilhões, o que reforça a posição da empresa de compradora de ativos no mercado global, avaliam analistas. Os metais não ferrosos lideraram a geração de caixa por área de negócios, respondendo por 52,7% do resultado do Lajida no período. Os minerais ferrosos foram responsáveis por 40,5%, alumínio por 5,9% e logística, por 3,8%. A receita operacional bruta da Vale registrou US$ 8,89 bilhões no segundo trimestre - valor também recorde. O aumento dos preços do minério de ferro em 9,5% e do níquel (que subiu 13% no período, fechando num preço médio de US$ 45 mil a tonelada, apesar da queda da cotação depois de ter atingido seu pico em maio na faixa de US$ 51 mil a tonelada) foram as razões em grande parte deste faturamento vigoroso, que acumulou no semestre US$ 16, 57 bilhões. Das vendas da Vale, 43,4% foram para a Ásia, 32,6% para as Américas e 21,1% para a Europa. Outros países levaram 2,9%. Somente a China respondeu por 17,9% do faturamento da mineradora brasileira, vindo em segundo lugar as vendas para as siderúrgicas do Brasil (15,2%). As exportações consolidadas somaram US$ 3,9 bilhões no segundo trimestre deste ano e fecharam o semestre com receita de US$ 6,4 bilhões.