15/04/08 10h55

Com Petroflex, Lanxess quer se aproximar do setor automotivo

DCI - 15/04/2008

Com a aquisição da Petroflex, concluída no início deste mês, a Lanxess pretende alavancar os negócios com a indústria automotiva, proporcionando uma sinergia das atividades da nova empresa com as operações das divisões de químicos para couro e plásticos de engenharia, que também atendem o setor. De acordo com Marcelo Lacerda, presidente da Lanxess no Brasil, o objetivo é proporcionar uma sinergia entre a Petroflex e as divisões de químicos para couro e plásticos de engenharia, visando a ampliar a participação da empresa no mercado automotivo. "A Petroflex é a principal fornecedora de polímeros de borracha da indústria automotiva. Com ela, queremos nos aproximar dos fornecedores dessa indústria, apresentando também nossos produtos para tratamento de couro e plásticos de engenharia", afirmou Lacerda. Lacerda afirma que, antes da Petroflex, a empresa atendia o mercado interno com importações. A companhia produz cerca de 1 milhão de toneladas anuais de elastômeros nas suas unidades em diversos países. "Com essa aquisição, estamos mais próximos dos nossos clientes e passamos a fornecer localmente, criando um impulso extra para as outras divisões da empresa", ressaltou o executivo. Com a incorporação das três fábricas da Petroflex, Duque de Caxias (RJ), Triunfo (RS) e Cabo de Santo Agostinho (PE), a Lanxess aumentará sua capacidade de produção em 400 mil toneladas por ano. A previsão é de que a compra da empresa quadruplique o faturamento da Lanxess no País para US$ 1 bilhão. "O consumo de borracha sintética no Brasil ainda está bastante abaixo em relação à média dos países industrializados", completou Lacerda. Segundo levantamento da empresa, os principais produtores mundiais de pneus já investiram cerca de 1 bilhão de euros para aumentar a produção na América Latina. A linha de elastômeros da Petroflex abrange de borrachas para aplicações gerais a borrachas especiais, oferecendo matérias-primas para a fabricação de produtos como pneus, plásticos e tubulações. Perto de 30% da sua produção é destinada à exportação a mais de 70 países. Nos anos 70, a Petroflex se tornou empresa independente da Petrobras e, em 1992, foi privatizada, sendo assumida por Suzano, Copene e Unipar mais um grupo de investidores institucionais. Na década de 80, a Petroflex ampliou suas atividades internacionais para Europa, Ásia e América do Norte. A Lanxess pagou R$ 526,68 milhões (US$ 301 milhões) aos grupos Braskem e Unipar para ficar com, aproximadamente, 70% do controle da Petroflex.