16/11/10 11h47

Com lucro maior, GVT volta a rever projeções

Valor Econômico

A operadora de telefonia GVT, controlada pelo grupo francês Vivendi, registrou lucro líquido de R$ 96,8 milhões (US$ 57 milhões) no terceiro trimestre deste ano. A cifra é 69,4% maior que o resultado contabilizado em igual período de 2009. Os números superaram o esperado pela matriz, que voltou a elevar as projeções de crescimento da GVT para este exercício fiscal. A operadora informou ter aumentado seu ganho com a ajuda de novos pacotes de banda larga e com a expansão de seus serviços para mais cidades. Neste ano, a GVT iniciou operações em nove municípios, incluindo Niterói (RJ), Campinas e Piracicaba (SP).

A receita líquida somou R$ 648,8 milhões (US$ 381,7 milhões) entre julho e setembro, com alta de 46,7% frente ao terceiro trimestre do ano passado. O motor dessa expansão foi a banda larga, cujo faturamento avançou 78,1%. O lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortizações (Lajida) passou de R$ 172,8 milhões (US$ 101,7 milhões) para R$ 269,9 milhões (US$ 158,8 milhões). No acumulado dos nove primeiros meses de 2010, a GVT apurou lucro líquido de R$ 210,4 milhões (US$ 123,8 milhões) e vendas de R$ 1,7 bilhão (US$ 1 bilhão). Os números foram divulgados ontem pela operadora, depois que a Vivendi anunciou seus resultados na França. Desde abril, a GVT não tem ações listadas no Brasil.

No comentário que acompanha as demonstrações financeiras, a Vivendi qualificou de "excelente" o desempenho da empresa brasileira e elevou de 34% para 40% a projeção de crescimento da receita da GVT neste ano e de 44% para 50% a alta prevista para o Lajida. Foi a segunda revisão de estimativas feita pelo grupo no exercício atual. De julho a setembro, a operadora fez 382,9 mil adições líquidas (novos clientes menos cancelamentos) e encerrou o trimestre com 3,8 milhões de assinantes.

A expansão geográfica e o lançamento dos serviços de TV por meio da rede de banda larga darão o tom nos negócios da GVT nos próximos dois anos. Amos Genish, presidente da GVT, afirmou que, até o fim de 2011, a operadora deverá estar presente nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. Por isso, o executivo reiterou que o leilão de licenças da banda H da telefonia móvel não está no radar da empresa. Entretanto, a GVT poderá atuar como operadora móvel virtual - modalidade de serviço que está em fase de regulamentação. Também não está descartada a entrada na próxima geração (4G) dos celulares. "Neste momento, não seria interessante entrar na terceira geração. O mercado de celulares já tem quatro competidores e é maduro", disse Genish.