14/05/10 11h29

Com aquisições, GRSA avança em limpeza e manutenção

Valor Econômico

A GRSA, líder do mercado brasileiro de refeições coletivas, acaba de comprar duas empresas de serviços: a Clean Mall e a FB Facility, ambas do grupo paulista FB. Segundo o presidente da GRSA, Eurico Varela, os negócios fazem parte da estratégia da companhia de triplicar de tamanho em cinco anos, o que significa atingir um faturamento de R$ 4 bilhões (US$ 2,29 bilhões) a R$ 5 bilhões (US$ 2,86 bilhões). A empresa, que pertence ao grupo inglês Compass, teve receita líquida de R$ 1,4 bilhão (US$ 800 milhões) no ano fiscal encerrado em 30 de setembro. Hoje, a operação brasileira está entre o sétimo e oitavo lugar em receita na lista de 55 mercados onde a multinacional atua.

Para alcançar esse objetivo, Varela aposta em um forte crescimento orgânico e em mais aquisições. O executivo não revela o valor da compra das duas empresas do grupo FB. Juntas, elas faturam R$ 90 milhões (US$ 51,4 milhões), têm 300 clientes no Estado de São Paulo e 5 mil funcionários. A Clean Mall é especializada em limpeza geral e hospitalar e a FB Facility em serviços de suporte, como manutenção predial, recepção, jardinagem, mensageria e segurança não armada.

A incursão no segmento de serviços corporativos é uma tendência das empresas de refeições coletivas. A ideia é oferecer a possibilidade de o cliente centralizar em um único fornecedor uma ampla gama de atividades. No Brasil, concorrentes como a francesa Sodexo já atuam há bastante tempo nesse campo. No ano passado, foi a vez da Nutrin fechar uma parceria com o grupo mineiro Perfect, focado em limpeza e segurança. Na GRSA, a participação do segmento no faturamento ainda é pequena, de 7%, e deve crescer para 12% em um ano. A área representa 18% da receita global da Compass.

Desde 2008, quando o grupo Compass adquiriu a totalidade do capital da GRSA (50% pertenciam ao grupo Accor), a empresa fala em se expandir nesse segmento com aquisições. Os primeiros negócios, no entanto, ocorreram só agora. Além de possíveis compras, o executivo espera crescer organicamente, aproveitando a retomada econômica. Só no primeiro semestre fiscal - de outubro a março -, a empresa fechou 195 novos contratos e a expectativa é encerrar o ano com um faturamento de R$ 1,6 bilhão (US$ 914,3 milhões).