24/11/09 10h58

Com aquisição, Officer ingressa no segmento de automação de negócios

Valor Econômico

A Officer, distribuidora de produtos de informática controlada pela holding Ideiasnet, fechou um acordo para comprar a concorrente BP Solution. O negócio, cujo valor não é revelado, representa o primeiro movimento da Officer para intensificar as aquisições no setor. A consolidação é parte do plano da companhia para dobrar de tamanho em três anos. A meta da Officer, que estima encerrar o ano com uma receita líquida de R$ 840 milhões (US$ 488,4 milhões), é chegar a um faturamento de R$ 1,6 bilhão (US$ 930,2 milhões) ao fim do período. "Tenho uma lista de desejos e a BP era parte dela", afirma Fábio Gaia, que comanda a Officer. As negociações duraram três meses e a compra foi feita em dinheiro.

Com a BP Solution, a Officer expande sua área de atuação. A BP está concentrada em um segmento no qual a Officer procurava uma abertura há algum tempo: o de automação de negócios, que inclui produtos como impressoras de cupom fiscal, leitores ópticos, dispositivos de identificação por radiofrequência etc. "O negócio proporciona à Officer uma oportunidade para complementar sua oferta de produtos", diz Rodin Spielmann, diretor de relações com investidores da Ideiasnet, que detém 100% da Officer. Além de ingressar no segmento de automação de negócios, o acordo permite à Officer vender aos clientes da BP itens mais genéricos, que representam seu ganha-pão tradicional, como software, equipamentos e dispositivos de rede. A cadeia de revendas será fortalecida: aos 15 mil revendedores atuais da Officer vão se somar mais 4 mil, que trabalham com a BP.

O plano trienal da Officer se baseia em duas diretrizes: estimular o dia a dia das operações, o chamado crescimento orgânico, e adotar medidas de impulso mais rápido, caso das aquisições. Em relação às compras, a meta é adquirir empresas que preencham lacunas no campo de atuação, como a BP, ou que fortaleçam a presença da Officer em áreas geográficas específicas. "A consolidação no mercado de distribuição de produtos de tecnologia está ocorrendo em todo o mundo e no Brasil não será diferente", diz Gaia.