03/10/07 15h00

Com 60% do pólo do Sudeste, Unipar vai faturar US$ 3,3 bi

Valor Econômico - 03/10/2007

As negociações entre a Petrobras e a Unipar para constituir a Companhia Petroquímica do Sudeste (CPS) já estão bastante adiantadas. A Petrobras trabalha com o prazo de 30 de novembro para fechar a CPS, com os dois lados assinando um acordo de participação e um acordo de acionistas. Nos trabalhos em andamento, a empresa pode ficar pronta antes desta data, apurou o Valor. Os ativos da Unipar que vão entrar na CPS já foram selecionados. Compõem-se das participações da companhia na PQU (51% do capital total da central paulista), Polietilenos União (100%), Rio Polímeros e Unipar Química (100%). A Petroflex está fora da CPS, bem como a fábrica de polipropileno da Suzano Petroquímica em Camaçari, que vai ficar para a Braskem num acordo futuro com a Petrobras em relação aos ativos do Sul e de Camaçari. O acordo de acionista entre Petrobras e Unipar na CPS terá semelhança com o acordo de acionistas da estatal com a Braskem em relação aos ativos do grupo Ipiranga, onde a estatal tem participação como minoritário relevante. A idéia destas fusões entre Petrobras e o setor privado é reorganizar e não estatizar a petroquímica brasileira. A holding Unipar terá 60% na CPS e a Petrobras, 40%. Os ativos da Unipar que não produzem resina plástica continuarão debaixo da holding. São a Carbocloro, na qual a Unipar tem 50% e pretende ampliar sua participação para até 100%, mais a Unipar Comercial (trading), a Petroflex, na qual terá 40% e a Braskem 60% (após a divisão dos ativos da Suzano) e a União Terminais. Com esta reconfiguração, a Unipar poderá deixar de ser um grupo com faturamento de R$ 2,5 bilhões (US$ 1,4 bilhão) para alcançar um montante de quase R$ 6 bilhões (US$ 3,3 bilhões). Isso sem levar em conta que a CPS deverá participar com 20% a 30% do investimento total do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), empreendimento avaliado em R$ 8,5 bilhões (US$ 4,7 bilhões), em Itaboraí (RJ).