27/09/07 11h23

Coca-Cola quer ter fábrica de PET reciclado

Folha de S. Paulo - 27/09/2007

O projeto de reflorestamento da mata atlântica, promovido pela Coca-Cola, recebeu ontem o aval do Clinton Global Initiative -encontro anual no qual líderes de todo o mundo discutem como transformar desafios de sustentabilidade em ação. Com isso, a Fundação Coca-Cola pretende angariar mais recursos para o projeto, que custará R$ 27 milhões (US$ 13,82 milhões), durante os próximos cinco anos. Desse total, metade está sendo investida pela subsidiária brasileira da fabricante de refrigerantes e uma de suas engarrafadoras, a mexicana Femsa. Com 400 marcas em 200 países, a empresa vende hoje 1,4 bilhão de bebidas por dia e lançou recentemente a meta de atingir a "neutralidade em água". Em outras palavras, significa que a empresa quer devolver ao ambiente a água que usa para fazer seus refrigerantes. A iniciativa de reflorestar a mata ciliar da mata atlântica, que ajuda a proteger bacias hidrográficas, faz parte desse projeto. Apenas na questão da água, a empresa tem apoiado 70 projetos, em 40 países, principalmente nos em desenvolvimento. Outra iniciativa que poderá ter efeitos diretos no Brasil diz respeito à reciclagem. A Coca-Cola está conversando com parceiros para instalar uma fábrica de garrafas PET recicladas, assim que for aprovada a legislação do Mercosul sobre o assunto. As iniciativas seguem em outras áreas, que vão de embalagens à redução no consumo de energia e na emissão de poluentes. A empresa criou, há 18 meses, uma vice-presidência para assuntos ambientais e tem, há cinco anos, um conselho externo, formado por ambientalistas, que avalia seus projetos.