01/04/08 10h55

CNI prevê alta de 7,5% no consumo

Valor Econômico - 01/04/2008

O consumo das famílias, estimulado pelo aumento do emprego e pelos programas oficiais de transferência de renda, terá peso maior no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) este ano. Essa é uma das principais mudanças nas perspectivas econômicas do país para 2008, divulgadas pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os economistas da entidade informaram que, segundo suas projeções, as famílias deverão consumir 7,5% mais que no ano passado. Em dezembro, a previsão era de elevação de 6,2%. O economista-chefe da CNI, Flávio Castelo Branco, ressaltou a importância de outras quatro revisões nas projeções para a economia em 2008. Com relação ao que foi calculado em dezembro, a entidade identificou mais inflação, maior déficit em conta corrente, mais importações e exportações e mais emprego. Além das revisões para cima no consumo das famílias, no déficit em conta corrente e na inflação, a CNI também reconheceu que o país vai elevar suas importações em 2008. Em dezembro, a projeção era de US$ 150 bilhões em compras de produtos estrangeiros, mas saltou para US$ 165 bilhões. No lado das exportações, a entidade também identificou crescimento de US$ 175 bilhões (dezembro) para US$ 190 bilhões. O saldo comercial permanece em US$ 25 bilhões. O Informe Conjuntural da CNI também revelou que foi mantida a previsão de 5% para o crescimento do PIB e do produto industrial em 2008. O setor terá de atender ao maior consumo das famílias e, portanto, recompor estoques. Uma entre quatro indústrias iniciou 2008 com estoques abaixo do planejado. De acordo com a CNI, o emprego formal continuará a crescer este ano. A taxa média de desemprego deverá ficar em 8,4%, 0,6 ponto percentual abaixo dos 9% calculados em dezembro do ano passado. Em 2007, o desemprego foi de 9,3% da População Economicamente Ativa (PEA).