CNI entrega ao governo propostas para acordo climático
Valor EconômicoA Confederação Nacional das Indústrias (CNI) entregou ao governo brasileiro as propostas do setor para o novo acordo climático, a ser fechado, espera-se, em dezembro em Paris. A CNI reforça a importância que o tratado considere o "Princípio das Responsabilidades Comuns Porém Diferenciadas" entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Propõe, também, que os esforços de redução das emissões de gases-estufa que o Brasil já fez, sejam reconhecidos e contabilizados nas negociações.
Isso poderia significar, por exemplo, que o esforço de reduzir o desmatamento, que o Brasil fez nos últimos anos, seja considerado no futuro. A expectativa é que o novo acordo seja fechado em 2015 e vigore a partir de 2020. A nota à imprensa explica o ponto: "O Brasil deve assegurar o reconhecimento dos esforços já realizados nos programas de uso e desenvolvimento de energias renováveis."
"Para a CNI, a proposta brasileira deve ter foco no desenvolvimento de longo prazo e ser construída em sintonia com o planejamento energético e com a política econômica do país", diz a nota. O documento, elaborado junto com 11 associações setoriais e com as federações estaduais das indústrias, sugere que o novo acordo inclua mecanismos de mercado que "criem condições economicamente atrativas para a participação da indústria, propiciando fontes de financiamento e acesso a tecnologias de baixa emissão."