11/04/18 11h59

Clima ajuda e safra de laranja cresce 62% em "cinturão" do Sudeste

Valor Econômico

A produção de laranja no cinturão citrícola dos Estados de São Paulo e de Minas Gerais aumentou 62% na safra 2017/18, alcançando 398,3 milhões de caixas, conforme levantamento do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus). A colheita da temporada foi encerrada. Na safra anterior, que sofreu com as adversidades climáticas, a produção somou 245,3 milhões de caixas.

Na comparação com a média dos últimos cinco anos, a produção no cinturão cresceu 25%. Assim, a colheita da safra 2017/18 foi a quarta maior das últimas três décadas, segundo a entidade. Do total colhido, 30,5 milhões de caixas foram produzidas no Triângulo Mineiro.

Em relatório, o Fundecitrus destacou a produtividade da última safra. No período, foram colhidas 1.033 caixas por hectare ante 634 caixas no ciclo 2016/17. "As condições climáticas propícias para a citricultura e a melhora nos tratos culturais dos pomares, constatada a partir do crescimento registrado em 2016 da demanda de insumos usados no manejo nutricional e fitossanitário, influenciaram no resultado positivo".

O clima também ajudou. "As laranjeiras, que haviam sido menos exigidas em função da baixa produção no ciclo anterior, desfrutaram das condições climáticas ideais para o florescimento, que aconteceu a partir de agosto de 2016, resultando em uma alta carga de frutos por árvore nesta temporada", disse o Fundecitrus.

Além de muitos frutos, as condições ideias deixaram as laranjas mais pesadas que o previsto inicialmente. O peso médio ficou em 166 gramas, superando a estimativa anterior de 165 gramas e a inicial de 154 gramas. Mas os frutos não atingiram o patamar da safra anterior, quando a fruta pesou em média 184 gramas. "Este fato confirmou a premissa utilizada na elaboração das estimativas de que o crescimento da laranja é inversamente proporcional à produção de frutos da árvore, devido à competição pelas reservas de nutrientes da planta", apontou o Fundecitrus.

Também houve menos queda de frutos. A taxa média acumulada desde o início da temporada até a colheita ficou 1,19 ponto percentual abaixo da projetada, finalizada com índice de 17,31%.