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Cimpor vai ampliar sua produção no país em 30%

Valor Econômico - 10/07/2008

Terceira maior fabricante de cimentos do país, a portuguesa Cimpor está tirando do papel um plano de investimentos de R$ 400 milhões (US$ 250 milhões) para ampliar em cerca de 30% sua capacidade produtiva e consolidar sua posição no aquecido mercado brasileiro. Até o início de 2011 a companhia vai ampliar de forma considerável a produtividade dos fornos de três de suas principais fábricas e vai reativar uma linha de produção em uma quarta unidade, além de fazer investimentos menores nas outras quatro fábricas que tem no país. Para atender a crescente demanda a companhia também pretende construir duas novas fábricas até 2011, uma na região Centro-Oeste e outra em um estado da região Sul ou Sudeste. As duas novas unidades, que terão uma capacidade de produção de no mínimo 650 mil toneladas por ano cada não entram neste pacote de investimentos que está sendo posto em prática agora. De acordo com o diretor comercial da companhia, João Ghira, a Cimpor ainda está estudando o tamanho dessas fábricas, a localização e o volume de recursos que será desembolsado neste novo investimento. Nesse momento, a Cimpor está focando suas apostas nas unidades que têm capacidade de expansão mais rápida. Cajati, localizada no Vale do Ribeira, sul do Estado de São Paulo, que pode produzir até 1,3 milhão de toneladas ao ano, deve receber uma das maiores fatias desses recursos. Lá, a Cimpor vai ampliar a capacidade do forno da fábrica e pretende, com esses investimentos, elevar em 35% a capacidade de produção. As unidades de João Pessoa (PB) e de Cezarina (GO) também terão seus fornos ampliados. Além disso, a companhia inicia agora o processo de reativação do primeiro forno da unidade de Campo Formoso (BA), que havia deixado de operar desde que a fabricante construiu uma nova linha de produção, em 2003. Com isso a capacidade de produção vai superar a casa de um milhão de toneladas ao ano. Quando todas os investimentos de expansão estiverem concluídos, a Cimpor deve ampliar sua capacidade de produção para cerca de 7 milhões de toneladas anuais. Este ano a companhia deve vender ao mercado algo próximo a 4,5 milhões de toneladas de cimento, o que a mantém com a terceira posição no ranking nacional, atrás da líder Votorantim e do grupo pernambucano João Santos, dono da marca Nassau.