Chinesa de telecomunicação ZTE confirma investimento em Hortolândia
O Estado de S. Paulo
A fabricante de equipamentos de telecomunicações chinesa ZTE confirmou que vai investir em um parque industrial de alta tecnologia em Hortolândia, São Paulo, que também vai sediar a primeira instalação de pesquisa e desenvolvimento da empresa na América Latina. Em um comunicado, a ZTE informou que o acordo foi assinado pelo prefeito de Hortolândia, Ângelo Perugini, na presença da presidente Dilma Roussef, que está em visita à China nesta semana, e do presidente chinês, Hu Jintao.
O parque industrial inclui um centro de pesquisa e desenvolvimento, uma unidade de produção, um centro de treinamento e um centro de logística. Segundo a companhia chinesa, o valor do investimento ainda não foi finalizado, mas será feito pela unidade registrada localmente, a ZTE do Brasil. A empresa possui cerca de 600 funcionários no País. Uma pessoa com conhecimento do assunto afirmou à Dow Jones anteriormente que o parque industrial deverá criar cerca de 2 mil empregos locais.
Como não possui sua própria instalação de manufatura no Brasil, a ZTE trabalha junto com parceiros locais. "A unidade será responsável por atender toda a América do Sul e vai consolidar o Brasil como o centro operacional da região", disse Yuan Lie, presidente das operações da ZTE, no comunicado. O investimento reflete a ambição da ZTE de crescer para fora do seu mercado doméstico. Embora seja um grande fornecedor mundial de hardware de telecomunicações, a empresa tem enfrentado oposição política para seus planos de se expandir em regiões como EUA, Europa e Índia.
No ano passado, a receita total da ZTE somou 70,264 bilhões de yuans (US$ 10,7 bilhões). A receita com operações internacionais cresceu 27,5%, para 38,066 bilhões de yuans, e foi responsável por 54,2% da receita operacional total. Além de equipamentos para telecomunicações, a companhia fabrica aparelhos sem fio, como aparelhos celulares e tablets. A ZTE é a quarta maior fabricante de equipamentos de telecomunicações do mundo em vendas, atrás de Nokia Siemens Networks, Telefon AB L.M. Ericsson e da chinesa Huawei Technologies.