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CH2M Hill muda o foco para brigar com maiores construtoras do país

Valor Econômico - 29/07/2008

A americana CH2M Hill, uma das maiores construtoras de obras pesadas do mundo, com faturamento de mais de US$ 5 bilhões, está se armando para disputar de igual para igual com as grandes companhias de engenharia nacionais o leque de obras de grande porte que serão realizadas no Brasil nos próximos anos. A companhia quer focar sua atuação no país nas áreas de petróleo e gás, petroquímica, mineração e obras de cunho ambiental. A expectativa é chegar a uma receita líquida de US$ 100 milhões em quatro anos, atuando em projetos com investimento total de US$ 2 bilhões. O primeiro passo nessa estratégia de crescimento é montar uma equipe de profissionais qualificados e que conheçam o mercado nacional. Desde o início do ano a companhia vem buscando entre concorrentes como Camargo Corrêa, Odebrecht e WTorre os profissionais que procura. Apenas em contratação de pessoal, a CH2M está investindo cerca de US$ 2 milhões. A escassez de profissionais fez com que a empresa entrasse em uma guerra declarada contra suas principais concorrentes no país. Hoje, a operação da CH2M no Brasil é basicamente voltada para a construção de unidades produtivas para companhias norte-americanas, o que garante à empresa um faturamento de US$ 20 milhões ao ano. A mudança de foco para áreas estratégicas é vista como um novo começo para a CH2M no Brasil. "Se olharmos para o que esperamos que a companhia venha a ser no país, este é definitivamente começar de novo para nós", diz o brasileiro Pablo Ibañez, presidente da empresa no Brasil. No Brasil desde 1996, a atuação da empresa por aqui era extremamente periférica e tímida quando comparada com os números que envolvem a companhia no mundo. Responsável pelo gerenciamento de projetos grandiosos, como a expansão do Canal do Panamá ou as obras das Olimpíadas de Londres, a CH2M está, nesse momento, atuando direta e indiretamente em obras que envolvem investimentos superiores a US$ 100 bilhões. Tem negócios nos cinco continentes do mundo e atua em áreas tão distintas como a construção de usinas nucleares até projetos de tratamento de resíduos químicos ou despoluição de áreas contaminadas.