Centros de pesquisas nas áreas de meio ambiente e de energia são aprovados pela Fapesp
Dos 21 projetos selecionados, três deles serão aplicados a temas estratégicos sugeridos pela Semil
SEMILA Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) anunciou a constituição de 21 novos Centros de Ciência para o Desenvolvimento (CCDs). Desses, três projetos terão a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) como instituição pública parceira. Dos projetos em parecia com a Semil, um deles é da área de meio ambiente e dois são da área de energia. O investimento da Fapesp será de aproximadamente R$ 130 milhões.
Os CCDs são iniciativas colaborativas entre universidades, instituições de pesquisa e órgãos governamentais para resolver desafios em áreas como saúde, energia e meio ambiente. Eles operam com cofinanciamento e têm duração de até cinco anos. O objetivo desses centros é promover avanços no conhecimento e melhorar políticas públicas, enfrentando grandes desafios do Estado de São Paulo.
A subsecretária de Energia e Mineração da Semil, Marisa Barros, destaca que a parceria com a Fapesp para criar centros de pesquisa é um dos caminhos na busca por soluções inovadoras em iluminação pública, energias renováveis e hidrogênio de baixo carbono, promovendo eficiência energética, melhores serviços públicos e preservação ambiental.
“É fundamental para avançarmos em soluções inovadoras que atendam aos desafios da nossa secretaria, especialmente em iluminação pública e energias renováveis e combustíveis avançados, incluindo hidrogênio de baixo carbono, nas áreas de energia. Esses centros terão a missão de buscar alternativas tecnológicas que contribuam para a transição energética por meio da eficiência energética, a melhoria dos serviços públicos para a população paulista e a preservação dos recursos naturais do estado”, explica.
Pela subsecretária de Energia em Mineração, os projetos aprovados da Semil são: Centro de Ciências para o Desenvolvimento em Energias Renováveis e Combustíveis do Futuro, sediado no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e o Centro Paulista de Inovação em Serviços de Iluminação Pública – CePISIP, sediado no Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético da Unicamp.
Já o Centro de Pesquisa de lignina grafitizada para transformação de solos agrícolas e ambientais – C-Liga, sediado no Centro de Componentes e Semicondutores da Unicamp, que conta com pesquisadores do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA) trabalha em um projeto que tem como objetivo desenvolver tecnologias eficazes para o solo. “A expectativa é que sejam desenvolvidas tecnologias eficazes para a transformação de lignina grafitizada em solos aptos para usos agrícolas e ambientais”, explica o subsecretário de Meio Ambiente, Jônatas Trindade.
Além desses três, outros projetos selecionados também abordam temas relevantes para a secretaria, como o Centro de Ciência para o Desenvolvimento – Carbono Neutro, que buscará soluções para reduzir emissões de gases de efeito estufa.
Saiba mais – Já estão em operação 25 CCDs selecionados nas duas primeiras chamadas da Fapesp, em 2019 e 2021. Esses centros operam em um modelo de cofinanciamento com a Fapesp e as entidades parceiras, portando recursos equivalentes. O objetivo é identificar e detalhar grandes desafios públicos do estado e reunir diversos atores institucionais na busca de soluções. As áreas abrangidas pelos CCDs já em operação incluem energia, saúde, segurança pública, alimentação, agricultura, desenvolvimento econômico, biofármacos, inovação em políticas públicas urbanas, resíduos, segurança hídrica, doenças e emissões de gases de efeito estufa.