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Cenário promissor para infra-estrutura

DCI - 23/10/2007

Sucessivas ondas de otimismo e pessimismo assinalam o momento socioeconômico vivido pelo Brasil. Quanto ao setor da construção pesada, um dos pilares de qualquer aspiração desenvolvimentista, o cenário se apresenta promissor, caso se concretizem promessas de investimentos na infra-estrutura de transportes. Há, no momento, reiteradas promessas que garantem recursos suficientes para essa empreitada, incluindo acenos do Governo Federal de que o PAC destinará R$ 55,3 bilhões (US$ 30,3 bilhões) para infra-estrutura de transportes, embora a maioria dos projetos permaneça em compasso de espera. A cifra, mesmo diluída até 2010, parece alta, mas, na verdade, é insuficiente para as necessidades do País. A Confederação Nacional dos Transportes (CNT) acaba de divulgar um Plano de Logística para o Brasil e assegura que serão necessários, até o ano 2010, R$ 223,8 bilhões (US$ 122,5 bilhões), ao mesmo tempo em que revela que a Índia investiu US$ 100 bilhões só em transportes no ano passado. O Plano da CNT, estruturado em nove eixos multimodais, prevê a construção de 5.122 quilômetros de novas rodovias e a duplicação de mais 14 mil quilômetros. Sugere, também, a ampliação de 25 aeroportos e a construção de mais dois. Essas rodovias seriam integradas com ferrovias, hidrovias e portos, com a construção de 54 terminais intermodais. O setor defende, ainda, a construção de mais 350 quilômetros de linhas de metrô e a execução do projeto do trem-bala. Em termos de volume de investimentos a proposta é superior ao que se tem colocado a partir de outras esferas do poder, mas falta sinalização quanto à obtenção desse numerário. Também está em fase de finalização, no Ministério dos Transportes, o Plano Nacional de Transportes & Logística (PNTL), abrangendo programa de obras em infra-estrutura de transportes no período compreendido entre os anos 2008 e 2023.