04/06/08 14h46

CBA estuda investimento de US$ 613,5 mi

Valor Econômico - 04/06/2008

Sem alarde, a Companhia Brasileira do Alumínio (CBA), faz estudos para um novo e grande investimento em sua fábrica, situada em Alumínio, a 75 km de São Paulo. A empresa, uma controlada do grupo Votorantim que completa hoje 53 anos de operação, planeja instalar um moderno laminador de chapas, com vistas a atuar em dois importantes mercados - embalagens, como latas para bebidas, e automotivo. Os dois setores são os maiores consumidores de alumínio no mundo e no Brasil os que têm maior potencial de crescimento. A empresa confirma os estudos, mas não fala em valores de investimento. Um equipamento desse porte - entre 500 mil e 600 mil toneladas por ano de capacidade -, que permite fabricar material de elevada resistência, não custa pouco. Estimativas de pessoas da indústria do alumínio apontam pelo menos R$ 1 bilhão (US$ 613,5 milhões), montante que a CBA costuma investir anualmente em suas operações. Comandada por Antônio Ermírio de Moraes, a CBA é a empresa que mais investe na produção de alumínio no país. Desde 2003, já duplicou sua capacidade de fabricação do metal, de 240 mil para 475 mil toneladas, com investimentos de R$ 5 bilhões (US$ 2 bilhões) no período, incluindo geração de energia em hidrelétricas próprias para garantir 60% do consumo total. No momento, a empresa aplica mais R$ 2,5 bilhões (US$ 1,53 bilhão), até o fim de 2009, para instalar nova linha de 95 mil toneladas, erguer mais duas hidrelétricas e ampliar duas linhas de produtos acabados na fábrica: uma de perfis e outra de folhas. Todos os investimentos na CBA, novos e de expansão, de mineração a hidrelétricas, passam pelo crivo de Antônio Ermírio, que conhece a empresa como a palma de sua mão. O empresário reinveste todo o lucro, às vezes até mais, na companhia. No ano passado, lucrou R$ 800 milhões (US$ 414,5 milhões), quando investiu R$ 1 bilhão (US$ 518,1 milhões) e já orçou R$ 1,5 bilhão (US$ 920,2 milhões) para 2008. A meta agora é atingir a marca de 570 mil toneladas de produção em 2010.