Caterpillar se prepara para maior competição

Valor Econômico

Presente no Brasil há 57 anos, a filial brasileira da fabricante de máquinas e equipamentos americana Caterpillar informa que está atenta ao aumento da concorrência, mas que já era esperada a chegada de novas empresas no país para atuar no setor de bens de capital.

"A demanda por máquinas será maior daqui para frente", afirma Luiz Carlos Calil, presidente da Caterpillar no Brasil. Ele argumenta que, independentemente da entrada de novos fabricantes, existe a necessidade de expandir o parque produtivo para atender à expectativa de crescimento no consumo de máquinas nos próximos anos.

Calil diz que é fundamental a companhia estar atenta ao aumento da concorrência, porém ele acredita que os diferenciais de qualidade em produtos e serviços vão permitir à empresa defender posições de mercado, apesar dos preços competitivos dos novos concorrentes.

"Estamos vivendo uma fase de transição, pois algumas empresas ainda estão se instalando no país. Só saberemos como ficará a competição quando todos estiverem operando aqui", avalia o executivo. Para Calil, a tendência é de uma "competição sadia", uma que o mercado será maior nos próximos anos e terá espaço pata todas as empresas.

A avaliação também leva em conta que os novos concorrentes - sobretudo os asiáticos - estarão sob as mesmas regras e ambiente de negócio. Para ele, isso reduz a atual falta de isonomia na competição com os produtos importados.

Diante da expectativa de aumento dos investimentos em infraestrutura e construção civil no país, a Caterpillar toca no Brasil um programa de investimentos da ordem de R$ 350 milhões no período que vai de junho de 2010 a junho de 2012.

Desse valor, praticamente metade é destinado à montagem de uma nova fábrica, em Campo Largo, no Paraná, cuja inauguração está prevista para setembro.

Na unidade paranaense serão fabricadas retroescavadeiras e carregadeiras de pequeno porte - duas linhas que serão desativadas a partir do próximo ano na sua fábrica de Piracicaba, no interior de São Paulo.

A ideia da companhia é aproveitar o espaço aberto em Piracicaba e instalar novas linhas de produção. As vendas da Caterpillar no Brasil alcançaram R$ 2,22 bilhões no ano passado. (EL)