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Casas Bahia investe em tempo real

Gazeta Mercantil - 29/12/2008

A Casas Bahia se aproximou do conceito que vem perseguindo há anos, de se tornar uma empresa em tempo real. Como base para ter todos os sistemas atualizados com as últimas informações de vendas realizadas e disponíveis para consultas por seus executivos, aumentou a velocidade do trânsito de informações entre todas as suas lojas com o seu centro tecnológico, onde estão unificados os dados consolidados. Também implementou programas de análise de negócios, que permitem acompanhar se os resultados estão dentro da meta em cada uma das 560 lojas, permitindo um grau de detalhamento por vendas de cada produto, por região, por unidade e até por cada vendedor. E, às vésperas de lançar sua loja virtual, para vendas na internet - que está pronta e só recebe ajustes finos, aguardando apenas o momento mais estratégico para seu lançamento, segundo o diretor de tecnologia da informação das Casas Bahia, Frederico Wanderley -, a rede varejista realizou ambicioso projeto de etiquetas inteligentes. "A Casas Bahia usa tecnologia não como despesa, mas como investimento. O que vale no nosso negócio é o pós-venda", afirma o executivo. "Fazemos 4 milhões de transações por hora e atendemos uma carteira de 30 milhões de clientes, sendo que 15 milhões de pessoas passam em nossas lojas mensalmente." Utilizando a tecnologia WAAS (Wide Area Application Services) da Cisco Systems, equipamento que acelera o tráfego de dados pela rede corporativa, a Casas Bahia criou o maior projeto da América Latina e um dos três maiores do mundo realizado com o produto pela gigante americana de tecnologias de rede corporativa. A informação de cada venda registrada em qualquer ponto do País é imediatamente transmitida e se torna rapidamente disponível e atualizada nos sistemas de administração, que podem ser consultados de qualquer lugar. Não há processamento local nas lojas da rede, nem mesmo os computadores pessoais possuem discos rígidos, e acessam dados remotamente. Todas as informações são centralizadas em banco de dados e processadas em servidores de grande porte, os mainframes, da IBM, na sede, em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo.