15/05/11 14h37

Carlyle pretende investir mais US$ 1 bi no Brasil em dois anos

Folha de S. Paulo

Depois de investir mais de US$ 1,5 bilhão no Brasil, a máquina de aquisições do fundo americano Carlyle não deve parar tão cedo. A empresa de private equity (participação em empresas) pretende colocar mais US$ 1 bilhão no país ao longo dos próximos dois anos, em setores como varejo, infraestrutura e logística. "A intenção é chegar a dez transações no país, com a meta de ser o fundo de private equity com melhores retornos", diz Juan Carlos Félix, diretor do Carlyle.

Colocado no centro das atenções do Carlyle no mundo, o escritório brasileiro tem recebido visitas dos gestores globais. Há duas semanas o fundador, Bill Conway, esteve no país para acompanhar a evolução das aquisições. Desde o início de 2010, foram três transações. Duas estão em fase de amadurecimento: a operadora de turismo CVC e a administradora de benefícios Qualicorp -que apresentou o plano de abertura de capital à Comissão de Valores Mobiliários.

Já a Scalina, dona da Trifil, adquirida em agosto, está em movimento mais acelerado de expansão. A gestão está sendo profissionalizada e os fundadores, Ronaldo e Bruno Heilberg, foram indicados ao conselho. Victor Serra, veterano do varejo, foi indicado para a presidência e estruturou três diretorias: operação, comercial e suporte. "A principal meta é melhorar a eficiência das fábricas e melhorar a disponibilidade dos produtos", diz Serra.

Com três fábricas, duas na Grande São Paulo, e uma em Itabuna (BA), a Scalina quer aumentar a produção em 25% neste ano, chegando a 150 milhões de peças. O plano de expansão da Scalina envolve ainda a extensão da linha de produtos -para ramos masculino e de acessórios- e expansão da operação internacional. O Carlyle, que mantém três integrantes no conselho da Scalina, pretende reforçar o caixa da empresa para investimentos em tecnologia, marketing e produtos, além de aquisições de empresas com resultado operacional de até R$ 10 milhões (US$ 6,3 milhões).