20/03/18 12h07

Campinas vai sediar espaço de convenções para 9 mil pessoas

A menos de 100 quilômetros de São Paulo, local ainda não abriu, mas já tem 28 eventos agendados

Folha de São Paulo

Campinas ganhará em 2018 um complexo com centro de convenções de 44 mil metros quadrados e capacidade para 9.000 pessoas, o Royal Palm Hall, e três hotéis, que somados têm mil apartamentos disponíveis, restaurantes e lojas.

"Os centros no Brasil são grandes estruturas, mas não têm serviços de hotelaria e agregados disponíveis", diz Sandra Neumann, 57, diretora-geral do empreendimento.

Para ela, uma vantagem do organizador que optar pelo centro será poder contratar só uma empresa, o grupo Royal Palm Hotels & Resorts, para realizar o evento inteiro.

"Geralmente é necessário contratar alimentação, limpeza, segurança e outros serviços para adequar o evento ao que precisa", diz Sandra. "Aqui precisará apenas de um interlocutor para contratar tudo", completa.

Já há 28 eventos fechados para o Royal Palm Hall antes mesmo de sua inauguração. Cerca de 50 outros estão em processo de negociação.

INTERIORIZAÇÃO

Localizado na intersecção entre as rodovias Anhanguera e Santos Dumont, o complexo não ficará longe de São Paulo: estará a menos de 100 km do centro da capital

Ao mesmo tempo, porém, longe o suficiente para fugir de problemas inerentes à metrópole, como o trânsito e os preços altos. A localização estratégica foi um dos motivos pelos quais a Royal Palm resolveu investir em Campinas.

"Tanto São Paulo quanto Rio são centros urbanos já bastante congestionados, com muita dificuldade de deslocamento", diz Sandra.

A diretora também conta que os eventos ficam mais caros se feitos em uma dessas cidades, já que o custo médio de diárias nelas é mais alto.

A empresa investiu R$ 250 milhões na construção do centro, que começou em 2015. O valor dobra para o complexo como um todo.

Como contrapartida, investiu R$ 28 milhões para melhorar a infraestrutura da região, em benfeitorias como a construção de um viaduto sobre a Anhanguera, melhorias na sinalização das estradas, nos semáforos e nas tubulações de água e esgoto.
A previsão é que o empreendimento gere cerca de 1.500 empregos diretos para a região de Campinas.

Para Edmilson Romão, presidente da Abav-SP (Associação Brasileira dos Agentes de Viagem), quase todo o interior paulista tem potencial para atrair turismo de negócios.

"Várias regiões dão isenção fiscal para indústrias. Há boa infraestrutura e mão de obra a custo menor que na capital. Isso gera demanda por viagens a trabalho", diz.