Campinas está de volta ao ‘Top Ten’
Agência Metropolitana de CampinasOs milhões em investimentos aplicados nos shopping centers, lojas de rua e supermercados em Campinas mostram que a cidade continua sendo um polo de atração do varejo, mesmo com a crise econômica.
O cenário é reforçado pelo novo estudo do IPC Marketing, que recoloca Campinas entre os 10 maiores potenciais de consumo do País. Nos dois últimos anos, o município havia caído para a 12ª posição – e agora volta a estar entre as primeiras do Brasil.
A projeção é de que R$ 31,09 bilhões (US$ 10,4 bilhões) sejam gastos pelos campineiros com itens que vão desde a manutenção do lar até despesas com viagens. Campinas ficou atrás apenas de capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte.
O maior gasto dos campineiros será com a manutenção do lar, cujo montante chegará a R$ 8,25 bilhões (US$ 2,8 bilhões). A alimentação no domicílio é o segundo item que mais vai pesar no bolso dos campineiros. Os gastos devem chegar a R$ 3,01 bilhões (US$ 1 bilhão) neste ano. O terceiro será comer fora de casa que vai custar R$ 1,89 bilhão (US$ 632 milhões) para os campineiros em 2015.
A classe B terá a maior participação no potencial de consumo de Campinas, com um volume de R$ 15,83 bilhões (US$ 5,3 bilhões). De acordo com o estudo da consultoria, que tem como base dados oficiais, ela corresponde hoje a 31,1% dos domicílios urbanos no município. Já a classe C terá um consumo de R$ 7,86 bilhões (US$ 2,6 bilhões). Essa parcela da população corresponde a 47,8% dos domicílios da cidade. Por fim, a Classe A vai consumir R$ 5,37 bilhões (US$ 1,8 bilhão) e a D/E será responsável por R$ 1,57 bilhão (US$ 525 milhões).
O responsável pelo estudo, Marcos Pazzini, afirma que Campinas voltou à 10ª posição no ranking nacional devido à perda de potencial de consumo de Recife, que era o 10º maior mercado em 2014, e Manaus, que era o 11º.
Ele salienta que neste ano aumentaram as despesas básicas dentro do orçamento do campineiro. Pazzini diz que Campinas apresentou um crescimento nominal de 13,6% no potencial de consumo em relação ao ano passado. ‘No Estado de São Paulo, o avanço foi de 12,6% e no Brasil foi de 14,1%”, afirma.
O estudo da consultoria aponta que o potencial de consumo da Região Metropolitana de Campinas (RMC) está projetado em R$ 78,08 bilhões (US$ 26,11 bilhões) neste ano. As despesas com a manutenção do lar vão consumir R$ 20,71 bilhões (US$ 6,93 bilhões). A alimentação em casa será responsável por R$ 7,73 bilhões (US$ 2,59 bilhões) em gastos e a comida fora do domicílio por outros R$ 4,77 bilhões (US$ 1,6 bilhão).