03/03/08 10h57

Câmbio baixo motiva empresas brasileiras a investirem na Argentina

DCI - 03/03/2008

A diferença cambial entre o Brasil e a Argentina está motivando cada vez mais investimentos brasileiros em empresas do país vizinho. A tendência de fusões e aquisições que já se confirmou em outros setores -só em 2007 houve 19 operações entre os dois países- deve se intensificar agora no agronegócio, com destaque ao setor de biodiesel, impulsionado pela sojicultura. Para o presidente da Câmara de Comércio Argentino Brasileira, Alberto Alzueto, a associação do grupo Los Grobo, o maior produtor de soja da Argentina, ao fundo brasileiro Pactual Capital Partners não deve ser a única do setor e as relações comerciais devem ficar cada vez mais consistentes. Na Argentina, a política é de incentivo às exportações de produtos de maior valor agregado e, como o Brasil segue sendo exportador de soja apenas como commodity, abre mercado para que o vizinho incremente cada vem mais sua produção de óleo de soja e conseqüentemente a de biodiesel, que em 2007 teve um volume de 300 mil toneladas exportadas. Com isso cresce o interesse de empresas brasileiras de se tornarem acionistas de companhias argentinas para manter sua rentabilidade no setor. Atentos à tendência de investimento no seu país, a maior missão de empresas argentinas que já veio ao Brasil -70 de diversos segmentos- chegará ao País este mês para participar de eventos organizados pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) em parceria com a Câmara de Comércio e o consulado argentino. "O mercado está crescendo e demandando associações, e esses empresários estão vindo atrás disso", diz Alzueto.