Cálculos precisos no campo são oportunidades para start-ups
Folha de S. PauloAs start-ups encontraram espaço para expandir também no meio rural. A Treevia, de São José dos Campos (SP), por exemplo, busca facilitar a vida de empresas que plantam árvores para produzir papel, madeira ou remédios.
A empresa propõe automatizar a medição de florestas, um processo oneroso e trabalhoso, que inclui, por exemplo, enviar uma equipe para monitorar o diâmetro das árvores -sempre na mesma posição para evitar erros.
Sensores instalados nos troncos ainda jovens informam crescimento, riscos de incêndio e de mortalidade.
"O desenvolvimento das florestas é medido da mesma forma há 200 anos", diz Emily Shinzato, 26, da Treevia. "Com nossa plataforma, os gestores florestais terão acesso a informações sobre a qualidade de suas florestas de seus escritórios."
Desde 2015 no mercado, a Treevia conquistou R$ 300 mil no ano passado para desenvolver seu produto - sendo R$ 200 mil da Fapesp e R$ 100 mil do Prêmio Santander Empreendedorismo.
A Agrosmart, fundada em 2014 e com escritório em Campinas (SP), trilhou um caminho semelhante: seu negócio é monitorar plantações.
O agricultor instala sensores no solo, caule ou folha, e é informado sobre a necessidade de irrigação. "Além de orientar as decisões com base em dados, e não somente na observação, a solução gera economia de água de até 60%", diz Mariana Vasconcelos, 24, uma das fundadoras da start-up.
O projeto-piloto foi feito na fazenda da família dela, no interior de Minas Gerais.
Vasconcelos e os sócios buscaram apoio da aceleradoras. Neste ano, a start-up conquistou investimento do fundo SP Ventures e hoje tem apoio do Google.
Recentemente, a Agrosmart fechou uma parceria com a Coca-Cola para monitorar plantações de maracujá de fornecedores da marca.