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Brenco adquire usinas de última geração da Dedini

Valor Econômico - 17/09/2007

A Brenco (Brazil Renewable Energy Company), empresa comandada por Henri Phillipe Reichstul, ex-presidente da Petrobras, começará a colocar em prática seu projeto de produzir álcool no país. A companhia formaliza hoje a compra de quatro usinas "chave na mão" da Dedini Indústria de Base, de Piracicaba (SP), maior fornecedora de equipamentos para o segmento sucroalcooleiro do país, que já está sob novo comando. Os planos da Brenco são colocar as quatro unidades em operação até 2010, com capacidade para processar pelo menos 3 milhões de toneladas de cana cada uma. Até 2014, outras dez usinas do grupo deverão começar a funcionar, segundo apurou o Valor. A meta é processar 42 milhões de toneladas no total quando todas as usinas estiverem em operação, com uma produção de 3,2 bilhões de litros de álcool voltados para exportação. Três das usinas do grupo deverão ser instaladas em Goiás. Os projetos deverão ser em Mineiros e Perolândia. Uma outra unidade também deverá ser construída em Alto Taquari, no Mato Grosso. A Brenco captou cerca de US$ 2 bilhões no mercado para fazer os investimentos no país. No mercado, a avaliação é de que os projetos de usinas da Brenco estão estimados em US$ 200 milhões cada um. O Valor apurou que as usinas que a Dedini construirá para a Brenco são consideradas "usinas de arte", já que também contemplam conceitos ambientais. O novo modelo extrai um maior volume de caldo de cana e prevê menor desperdício em seu processo. Referência internacional em equipamentos de açúcar e álcool, a Dedini projeta faturamento de R$ 1,7 bilhão (US$ 870 milhões) para este ano. Se confirmadas as expectativas, o aumento em relação ao resultado do ano passado será da ordem de 42%. As vendas efetivas de equipamentos da Dedini estão estimadas em R$ 3 bilhões (US$ 1,54 bilhão), segundo informações da empresa.